Foto: Marcio Fernandes/ AE |
Por Erich Beting
Caso as exigências tenham sido, de fato, aceitas, a WTorre e o Palmeiras regrediram sensivelmente no novo acordo para que finalmente destrave o processo de construção do novo estádio do clube.
As exigências, feita por Mustafá Contursi (como
estacionamento gratuito para conselheiros e um camarote para a diretoria palmeirense)
e, pelo visto, aceitas por Walter Torre, dono da construtora, são extremamente prejudiciais para o negócio do estádio no longo prazo.
A receita de um estádio moderno não está apenas na realização de partidas de futebol. Claro que são os jogos e a bilheteria que pagam a maior parte da conta, mas a arrecadação com a cessão de espaços para camarotes e o uso de estacionamento em dias que não há eventos é considerável.
Só para comparar, no ano passado, com um estádio antigo, o São Paulo faturou R$ 19 milhões com o aluguel de camarotes. Numa arena moderna, num país com a economia fortalecida e os investimentos em esporte aumentando, essa receita pode ser ainda maior. Ceder um espaço para dirigentes de clube e seus convidados é perda de receita. Da mesma forma, não cobrar pelo estacionamento é dar motivo para o abuso e, mais do que isso, para que o dinheiro se vá.
O Palmeiras cedeu os direitos de exploração comercial do estádio para a WTorre por 30 anos. Mas, depois desse tempo, como o clube resolverá um problema que ele mesmo criou?
O tiro no pé está dado.
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