segunda-feira, 16 de maio de 2011

Permanência de Tite divide Parque São Jorge

Por Ricardo Perrone


Andrés Sanchez anunciou a permanência de Tite no comando do Corinthians em meio a uma divisão de opiniões entre diretores e conselheiros. A ala mais radical defendia a demissão do técnico mesmo em caso de título.

Esse grupo não perdoou a derrota para o Santos. Um slogan foi criado para atacar o treinador minutos após a decisão: “Venceu o técnico que é vencedor (Muricy Ramalho). Perdeu o técnico que é perdedor (Tite)”.

Essa ala defende uma postura mais agressiva por parte de Andrés. Sugere que ele adote a filosofia do são-paulino Juvenal Juvêncio e procure um técnico empregado para comandar o time já na estreia no Brasileirão. A maioria que pensa dessa forma suspira por Dorival Júnior.

Do outro lado do Parque, em minoria, estão os que aplaudem a manutenção de Tite. Primeiro por uma questão de coerência. Dizem que o grande vexame do técnico foi perder para o Tolima. Se ele não foi demitido naquela ocasião seria incoerente puxar seu tapete após a derrota para o Santos, que notadamente tem uma equipe melhor.

Outro argumento é o de que Tite não é o único culpado. Alguns jogadores, como Bruno César e Dentinho, renderam abaixo do esperado. Já Liedson sentiu o desgaste físico no final.

Além disso, o elenco tem falhas, que a própria diretoria já começou a tentar corrigir. Seria injusto Tite pagar a conta sozinho. Mas o argumento mais forte, e com o qual mais concordo, é a falta de um bom substituto na manga.

De nada adiantaria colocar Tite no olho da rua e iniciar uma corrida desesperada por um treinador. E não seira mesmo justo jogar tudo nas costas do técnico, por mais que tenha sua parcela de culpa. O certo é que ele já começará o Brasileiro pressionado.

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