Eduardo Jorge, Secretário do Verde e Meio Ambiente da capital paulista, sofre pressões para dar ainda em maio as licenças ambientais necessárias para o início das obras do estádio corintiano em Itaquera.
O Secretário por enquanto não sucumbiu.
Quer saber das condições da região e aguarda no mínimo uma audiência pública antes de dar a licença, tal qual normalmente acontece em casos assim.
O problema é que a construção do estádio deveria ter começado faz tempo. O palco paulista do Mundial precisava estar pronto para a Copa das Condeferações.
O atraso é tão grande que a cidade corre riscos de ficar sem jogos do torneio.
Tem mais:
A Odebrecht, responsável pela obra, ainda não tem contrato com o Corinthians.
E ninguém, em tese, sabe ao certo quem vai pagar a conta do Itaquerão nos moldes exigidos pela Fifa para a abertura do Mundial.
A empreiteira poderia cooperar, colocar as máquinas lá, e fazer um jogo de cena até resolverem a questão da grana, contudo nem isso é possível sem as licenças ambientais.
E a pressão da Fifa para alguma coisa acontecer no terreno de Itaquera, além de promessas, aumenta dia após dia.
Políticos e interessados, assumam
O Morumbi foi descartado e a política pesou na decisão.
A outra opção de estádio para o Mundial foi aprovada sem projeto, não tem financiamento privado, alvarás, além do problema com os dutos da Petrobrás.
Vive da curiosa boa vontade de poderosos homens públicos e provavelmente será construído com dinheiro de impostos do contribuinte, situação vergonhosa para os brasileiros.
Quem arrumou a confusão deveria assumir a responsabilidade e excluir São Paulo do devaneio brasileiro chamado Copa do Mundo-2014, evento privado feito com dinheiro público.
Está na hora dos envolvidos nos lobbies políticos mostrarem quem são e o que pensam.
Aguardando
Ontem (terça-feira), às 16h22, liguei para a comunicação da Secretaria do Verde e Meio Ambiente.
Falei com a Camila, expliquei o conteúdo deste post e disse que desejava conversar com Eduardo Jorge.
Queria (continuo querendo) uma declaração oficial sobre a pressão e as licenças.
Não obtive retorno.
Erro meu (atualizado)
Escrevi acima que a assessoria de imprensa do secretário não meu deu retorno.
Errei.
A Camila me enviou email ontem mesmo, às 17h33, ou seja, pouco mais de uma hora depois de eu falar com ela.
A mensagem da Camila foi parar na área de Spam.
Ela nada tem com isso, pois enviou a resposta rapidamente e o email que uso para trabalhar é de minha responsabilidade.
Hoje, quando conversamos, pedi de novo uma posição de Eduardo Jorge sobre as pressões que vem sofrendo.
O Secretário voltará amanhã da Argentina e ela vai falar com ele.
Eis o email da comunicação da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente
O licenciamento ambiental para atividades desta natureza (estádios) é o chamado Relatório de Impacto de Vizinhança (RIV).
O Relatório de Impacto de Vizinhança (RIV) deu entrada nesta Secretaria no dia 09/05, está sendo avaliado pelos técnicos responsáveis e posteriormente será encaminhado para a Câmara Técnica do Conselho Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (CADES) que deve expedir o parecer técnico. Na sequência, o processo é encaminhado ao gabinete da SVMA para apreciação.
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