O agente Roberto Tadeu não aceitou o acordo oferecido pelo Palmeiras para quitar uma dívida referente à comissão relativa à contratação de Luiz Felipe Scolari. Ele disse ao blog que entrará na Justiça contra o clube na segunda
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O empresário também pedirá para seu advogado analisar se é possível impedir que o Palmeiras registre Maikon Leite. “Tenho e-mails e uma carta da diretoria anterior me autorizando a negociar o Maikon. Como eles acabaram achando outro caminho, deixei pra lá. Mas estão de palhaçada comigo. Vou ver se há base legal para cobrar e até impedir a transferência”, declarou Tadeu.
A ameça em relação ao santista é uma retaliação ao não pagamento da comissão por Felipão. A diretoria atual diz não ter conhecimento dos documentos que o agente teria para negociar com o atacante.
Porém, no caso do técnico, o clube alega mais de uma irregularidade no contrato firmado por Tadeu com a antiga diretoria. Uma delas seria a falta da assinatura do presidente (Luiz Gonzaga Belluzzo) e de seu vice de finanças.
O que mais motiva o não pagamento é o fato de Felipão ter dito que o empresário não trabalhou para ele na negociação. Segundo os dirigentes atuais, Tadeu apenas deu o número telefônico de Felipão para a diretoria da época. Por isso, os cartolas querem investigar o caso e ameaçam responsabilizar a diretoria anterior por eventuais prejuízos ao clube.
No dia 28 de junho de 2010, Gilberto Cipullo, então vice de futebol, assinou um instrumento particular de compromisso de pagamento de comissão para a empresa de Tadeu.
No documento, o clube atesta que a Drible 10, firma do agente, auxiliou na contratação do treinador e intermediou a negociação entre Felipão e o Palmeiras. Pelo serviço, receberia R$ 250 mil em dez parcelas. A última deveria ter sido paga no dia 25 de maio, mas Tadeu só recbeu uma.
A atual diretoria não se conforma com o fato de administração anterior ter que pagar para um agente aproximá-la de Felipão, um velho conhecido do clube. Ainda mais depois de o técnico afirmar não ter negociado com o agente.
“Eu trabalhei para o Palmeiras. Não prestei serviço para o Felipão. Foram várias ações durante 30 dias”, declarou Tadeu, que recusou a última oferta de acordo. “Foi baixa, e o problema não é falta de dinheiro. Não estou cobrando nem 1% do que ganha o treinador. Mas aceitam pagar cerca de R$ 300 mil de comissão para contratar um jogador de Série B”, disparou. Ele refere-sè à negociação com Paulo Henrique, ex-Paraná.
“Não tenho nada contra a instiuição Palmeiras, mas preciso me defender. Talvez, não queiram me pagar porque tentei levar jogadores do nível do Adriano e do Ronaldinho Gaúcho. Pode ser que prefiram atletas do nível do Paulo Henrique e do João Vítor”, completou o agente.
A diretoria diz ter oferecido R$ 100 mil em quatro parcelas para quitar o débito. Mas o empresário não confirmou o valor.
Cipullo enviou um e-mail ao blog sobre o assunto. “O documento está realmente assinado por mim, porquanto houve efetivamente um trabalho do Roberto Tadeu, que foi a pessoa que me trouxe a noticia da vontade do Felipão de voltar ao país. E ele me facilitou os primeiros contatos. Depois participou ativamente das negociações que definiram o contrato. O Tadeu tinha sociedade com o Tonietto [nessa negociação], que foi a pessoa indicada pelo Felipão para discutir o seu contrato. A comissão foi dividida em 50% para cada um”, disse o ex-dirigente.
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