Felipão |
Antes de tudo, que seja feita uma conhecida ressalva: futebol, no fundo, é resultado. O que se sabe desde criancinha. E com vitórias, tudo muda. Só que neste momento, diante dos últimos acontecimentos, é mais do que visível que, de acordo com o que acontecer nos próximos jogos, não seria nenhuma surpresa se acontecesse o rompimento entre Felipão e Palmeiras.
A última dica, por sinal, foi dada pelo próprio técnico, em meio a entrevista coletiva desta sexta-feira quando, à sua maneira, disse mais ou menos o seguinte: “Se for o caso, zera-se a multa. O Palmeiras não me paga nada. Eu não pago nada ao Palmeiras. E pronto. Mas quero tudo no papel”.
Mais claro do que isso, impossível.
É que, na verdade, o técnico não anda satisfeito com muitas coisas no futebol do clube, teve séria indisposição com o vice- presidente Frizzo (no caso Ricardo Bueno, que quase não vem na troca por Pierre) e também com detalhes de bastidores que vazam constantemente. Em contrapartida, apesar da suposta admiração do presidente Arnaldo Tirone pelo treinador, a recíproca é verdadeira: alguns jogadores (entre eles estariam Kleber e Valdívia) não são exatamente fãs dos métodos de Felipão e o desabafo de Lincoln não foi coisa inventada, o que significa não existir no elenco grande harmonia ou sintonia com o técnico.
E acima de tudo- das divergências, do futebol rústico, coisa e tal- está o ponto principal, capaz de desagradar a torcida, a diretoria, os jogadores e o próprio técnico: a ausência de títulos.
Nesse ponto, todos estão unidos. E com o orgulho ferido.
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