Carlos Bianchi |
Por Roberto Avallone
Felipão não sairá do Palmeiras agora. Isso é certo. Pelo menos foi o que apurei, ouvindo um grupinho aqui, outro ali, embora a insatisfação com os resultados que ele vem obtendo- desde a perda de todos os títulos que disputou nesta passagem pelo clube, à atual colocação no Campeonato e a o estilo de jogo adotado- ah, essa insatisfação esteja num crescendo considerável.
Mas e se Felipão saísse agora e o time desandasse de vez, beirando as últimas colocações? Quem, senão Felipão, poderia servir de escudo para inevitável revolta da sofrida torcida palestrina?
Já no ano que, não sei não. Já existe a brecha oferecida pelo próprio Felipão de acordo sem multa, ninguém pagando nada para ninguém, técnico e clube- acordo que ainda não foi formalizado.
Claro que tudo depende de resultados: faltam muitos jogos e num Campeonato onde a vitória vale três pontos, uma série de triunfos seguidos pode mudar tudo. Aí, o velório de agora pode virar festa.
Mas se tudo continuar como está, acredito no tal acordo. E quem seria seu sucessor? Já ouvi falar em Renato Gaúcho, em Jorginho (que está na Portuguesa), houve aquele tititi em torno de Paulo Cesar Carpegiani (desmentido) e uma série de outros nomes.
Minha opinião? Sempre ressaltando que é coisa para o futuro, se Felipão não der mesmo jeito no time, eu ousaria a rotina dos nomes habituais e, como numa volta ao passado, partiria para uma solução que sempre deu certo futebol brasileiro (à exceção, digamos, de Passarella, no Corinthians, ou de Fossatti, uruguaio do Inter): partiria em busca de um técnico estrangeiro, argentino de preferência, que valorize o craque, o toque de bola refinado, o futebol bem jogado.
Quem? Carlos Bianchi, é claro. Apelidado “El Maestro”, ele venceu quatro Libertadores da América (três pelo Boca e uma pelo Velez), foi centroavante, sabe como armar jogadas de ataques sempre valorizou jogadores do nível de um Riquelme, de quem foi mestre e incentivador.
Seria um grande contratação. E teria um ar de nostalgia; Quem era o técnico da primeira Academia do Palmeiras, time brilhante e de toque de bola inesquecível? Foi um argentino, o competente Filpo Nuñes, Aliás, com todo o respeito, “Don” Nélson Ernesto Filpo Nuñes.
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