segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Nasce um ídolo: Marcos Assunção

Marcos Assunção
Por Luís Carlos Quartarollo 

Marcos Assunção não se acha ídolo. Só quando ganhar um Campeonato pelo Palmeiras é que começará a pensar no assunto.

Foi assim que ele definiu a situação quando lhe observaram que toda a torcida o aplaudiu quando foi substituído sábado no Pacaembu na vitória por 3 x 0 sobre o fraco Ituano.

E talvez seja isso que chame Assunção para a realidade.

Ele foi um ótimo jogador também contra o Santos que é bem mais forte e não precisa provar mais nada a ninguém do alto do seu profissionalismo aos 36 anos de idade.

Mas sabe que os jogos do Paulista podem enganar muita gente.

Os adversários são frágeis e podem facilitar para um time um pouco mais forte como o seu Palmeiras.

O volante agradece os elogios, mas está com os pés no chão. Ele sabe do que está falando.

No ano passado foi execrado por parte da torcida mesmo sendo o responsável pela maior parte dos gols do Palmeiras.

A vida do boleiro é assim. Do céu ao inferno em pouco tempo. Cautela não custa nada principalmente quando se está ganhando.

Hoje Assunção teve participação efetiva na maioria das jogadas alvi-verdes.

O primeiro gol não teve sua participação, mas o segundo, o primeiro do argentino Barcos com a camisa esmeraldina, teve a cobrança de falta sempre milimétrica para o companheiro se aproveitar e o terceiro foi mais uma vez uma bola parada na cabeça de Artur que em dois jogos fez dois gols muito parecidos pelo Palmeiras.

Luiz Felipe Scolari já acredita que um outro Marcos hoje seja o novo ídolo do Palmeiras.

É ele Marcos Assunção pelo que faz neste ano e pelo que fez no ano passado, decretou o técnico palmeirense apesar da discordância do próprio jogador.

Eu concordo mais com Felipão do que com Assunção. Mas entendo a precaução do volante.

Hoje índubitavelmente Marcos Assunção é o melhor jogador do Palmeiras e um dos melhores do país.

Como batedor de falta é um dos melhores que eu vi. E além disso bate os escanteios com muita eficiência. Tem liderança e ascendência sobre os mais jovens.

Não é à toa que o torcedor gosta dele. Começou 2012 em alta e hoje é o líder provisório do Campeonato Paulista com o seu Palmeiras.

Para um time que terminou o ano sob desconfiança não é pouca coisa.

Não é à toa também que o outro Marcos, o São Marcos, ídolo já projetado eternamente no Palmeiras, dizia na época que ameaçaram não renovar o contrato de Assunção: “Pelo amor de Deus, se o Assunção não renovar o Palmeiras fica uns seis meses sem fazer um gol

Era exagero do Marcão, é claro, mas que ia marcar menos gols eu não tenho nenhuma dúvida

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