Muito tem se especulado sobre a liberação (ou não) da venda de bebidas alcoólicas nos estádio brasileiros durante a realização da Copa do Mundo, em 2014.
Esta confusão poderia ter sido evitada SE os nossos governantes tivessem se inteirado sobre as condições que a FIFA (dona do evento) impõe.
Como isso não foi feito, temos mais problemas para organizar o torneio em nosso país, o que sinceramente não me causa espanto, pois tudo já estava previsto, incluindo os atrasos nas obras e nos processos de modernização de infraestrutura e capacitação profissional.
Quanto a venda de bebida alcoólica nos estádios, sou contra.
Já foi comprovada a redução da violência entre os torcedores durante as partidas de futebol, após a proibição da venda. Segundo o procurador de Justiça de Minas Gerais, José Antônio de Melo Baeta Cançado, houve uma queda nas ocorrências em Minas Gerais de 75%, enquanto que o público aumentou em mais de 50%.
Em Pernambuco, as ocorrências nos estádios de futebol caíram a partir de 2007, quando entrou em vigor a lei estadual que proibiu a venda de bebida nos estádios de futebol.
Em São Paulo, o número de ocorrências caiu para 49 em 2006 (última estatística no levantamento do MP). Em 1996, ano em que foi adotada a proibição de bebida nos estádios, com a edição da Lei 9.470/96, o número de ocorrências chegou a 496.
Nós como cidadãos sabemos o que as pessoas podem fazer sob efeito do álcool, não só dentro de estádios de futebol, mas também nas ruas, dentro do transporte público e na condução de automóveis.
Porém, temos que levar em consideração que os ingressos da Copa do Mundo não terão preços compatíveis com o poder econômico da imensa maioria de nossa população.
Além disso, as belezas naturais de nosso país, aliadas ao evento e ao turismo já explorado, farão com que o número de turistas cresça ainda mais.
Com isso, podemos concluir o que muitos de nós já imaginávamos, a Copa do Mundo no Brasil será para os estrangeiros e não para os brasileiros. Poucos terão acesso (já temos restrições ao número de ingressos para estudantes e idosos) e os europeus, americanos e demais 'gringos' que estarão por aqui, já estão acostumados a venda de bebidas alcoólicas em estádios e tendem a se comportar.
Por tanto, DURANTE a Copa, liberem a venda dentro dos estádio, não fora deles. E quando acabar a competição, voltemos ao normal.
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