Ricardo Nogueira / Folhapress |
Por Roberto Avallone
Daqui a pouco os Campeonatos do além-mar estarão terminados e, de volta, teremos o Mercado da Bola com os sonhos de nossos clubes em repatriar jogadores. Pelo que vejo, deveria ser feito como nos anúncios de remédios, onde “antes de usar, consulte o seu médico”.
Daniel Augusto Jr / AE |
No caso, o médico deveria ser um olheiro- ou uma rede deles- confiável, pois muitas das experiências recentes fazem desconfiar de que os jogadores que aqui voltam são exatamente os mesmos quando daqui saíram:Adriano, Valdivia, Elano, o próprio Luís Fabiano (apesar da recente boa fase), Ronaldinho Gaúcho, Deco, Alex (do Corinthians) e tantos outros nomes ou são pálidas figuras do que eram. Ou se machucam demais e demoram para alegrar a torcida e deixar agradável o custo-benefício.
E por quê? Ainda há um mistério a ser desvendado, desde a diferença de treinamentos entre os que se fazem no Brasil e os lá de fora, até a crença de que voltam ricos o suficiente para que possam curtir, numa boa, as atrações que o Brasil- ainda mais com praia- oferece aos ilustres filhos pródigos. É discussão para mais de metro.
O fato é que é preciso tomar cuidado para não gastar dinheiro à toa com falsas ilusões. Há honrosas exceções, é claro, mas não são tantas. Talvez fosse o momento de um período de trégua na gastança com quem se foi e quer voltar e procurar jogadores por aqui mesmo na América do Sul: o amigo já viu como joga esse Martinez, atacante do Velez, e que, já-ou quase- aos 28 anos não teria tanto mercado na Europa? É apenas um exemplo. Mas a Argentina, no momento, é um mercado em potencial para ser explorado: até porque os argentinos costumam se dar bem entre nós (Defederico é um caso à parte).
Assim, iria bem uma bula antes de se repatriar o sonho de consumo. Ou o slogan; “antes de repatriar consulte seu olheiro”.
Desde que seja de absoluta confiança.
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