Por Luís Carlos Quartarollo
O Brasil sempre foi um país revelador de jogadores.
Antigamente só comprava bons jogadores uruguaios, argentinos e chilenos.
Paraguaios não eram muitos. Aconteceu mais na última década com Arce, Gamarra e outros menos votados.
Alguns defendem que da América do Sul se deve contratar apenas uruguaios e argentinos.
De outros países só gênios confirmados, o que é impossível definir a primeira vista.
Quem dispensaria um Elias Figueroa? Quem dispensaria um Gamarra?
Dois jogadores muito acima da média que não entram no primeiro quesito de nacionalidade, mas na verdade são mesmo exceções.
Agora o futebol brasileiro tem dinheiro na conta. Os clubes continuam na sua maioria mal administrados e endividados, mas o dinheiro está entrando muito mais que antes e as contas se equilibram no final.
Há clubes que têm um grande passivo, mas têm também muito a receber agora da TV e da publicidade.
Até poucos anos o Eldorado era o Qatar ou seus vizinhos árabes, agora o Brasil também entrou na mira de jogadores veteranos que querem um último grande contrato.
Começou com Ronaldo dispensado pela Europa onde não tinha mais espaço para jogar e ajudou o Corinthians a alavancar a sua conta e se organizar.
Outros vieram como Ronaldinho Gaúcho que deixou o Flamengo louco e tenta provar no Atlético Mineiro que ainda pode dar um caldo.
O Internacional traz Diego Forlan que não tinha mais espaço na Europa, não pelo menos em times de ponta.
Aliás, com todo respeito, Forlan foi sucesso em time médio como o Atlético de Madrid. Na Inter de Milão fracassou rotundamente.
Outro que chegou depois de exaurido até o fim na carreira européia é Seedorf.
Chega com ares de novo ídolo do Botafogo depois de ter participado pouco da campanha do Milan na última temporada. Não tem fôlego para jogar no calendário brasileiro.
Não poderá ser utilizado em todas as partidas.
Agora fala-se em Riquelme, 33 anos de idade, no Palmeiras também por contrato exorbitante.
Todos vêm ganhando muito alto mesmo para o novo rico padrão brasileiro.
É preciso tomar cuidado. Talvez este dinheiro bem gasto com a base dê muito mais retorno no futuro do que ficar apostando num bando de aposentados que só jogarão mais um tempinho e depois dirão adeus Brasil.
O Brasil não é o Qatar. Ainda.
Nenhum comentário:
Postar um comentário