Por Paulo Vinícius Coelho
No início da noite de quinta-feira, um representante do Palmeiras, com agenda marcada para viajar a Salvador e fechar com o Bahia a liberação do técnico Jorginho, ligou para Paulo Angioni, diretor-executivo do Bahia. Na conversa, com Jorginho já sabendo do interesse do Palmeiras, Angioni respondeu não haver chance de liberação pelo clube de Salvador. Não havia multa de rescisão e nem sequer contrato assinado, mas Jorginho respeitava as condições apalavradas: R$ 300 mil de multa para sair.
O Palmeiras soube que não havia negócio mesmo na sequência, com telefonema do presidente do Bahia, Marcelo Guimarães Filho, para o presidente do Palmeiras, Arnaldo Tirone. "Desculpe, Tirone, mas desta vez não posso ajudar. Se eu liberar o Jorginho, quem paga o preço sou eu aqui", disse Guimarães.
O presidente do Bahia quase foi seduzido na tarde desta sexta-feira, com outro telefonema do Palmeiras. O clube paulista dizia que tinha de pensar em si mesmo, apesar da recusa baiana. Guimarães respondeu que, nesse caso, liberaria Jorginho para acertar seu contrato com o Palmeiras, desde que... desde que Jorginho concedesse uma entrevista coletiva afirmando ser a vontade dele ir para São Paulo.
Nada feito.
"Eu tenho de andar de cabeça erguida! Não posso correr o risco de não poder voltar a Salvador, nem de férias", disse Jorginho.
Na conversa com o dirigente do Palmeiras, Jorginho chegou a afirmar que não poderia voltar a Salvador e ser recebido com moedas atiradas. Ouviu: "O Luxemburgo vai a vários lugares onde atiram dinheiro e quanto mais dinheiro atiram mais dinheiro ele ganha."
Jorginho não foi assim.
A questão ética para o treinador do Bahia prevaleceu, embora sua vontade tenha sido assinar com o Palmeiras. A pergunta: e se o Palmeiras acenar com um contrato para assumir em janeiro, depois de encerrado seu compromisso com o Bahia? "O que o Palmeiras quiser eu faço! Faço tudo pelo Palmeiras. Só não posso romper o acordo que tenho com o Bahia", disse Jorginho.
Jorginho era a única opção.
Espanta o nome de Leão a rejeição expressa em todas as redes sociais, de acordo com a direção palmeirense.
Neste momento, o Palmeiras não tem um nome para contratar para o lugar de Felipão.
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