Por Roberto Avallone
Sem aquela ladainha que ainda está difícil e a situação continua delicada-pois isso já se sabe-, o Palmeiras voltou a acreditar ainda mais em suafuga ao rebaixamento. E o responsável maior pela crença foi, sem nenhuma dúvida, Hernán Barcos, “El Pirata”, autor dos dois gols na vitória sobre o Cruzeiro, neste sábado, em Araraquara.
Além de jogar muito, caindo pelos lados e até armando jogadas, os gols de Barcos nessa vitória de 2 a 0, deram o tom à arrancada que se insinua, embora não se saiba, ainda, o desfecho. No primeiro gol, Barcos desviou, com certeira cabeçada, a cobrança de falta perfeita de Marcos Assunção: no segundo gol, o mais bonito, driblou com muita classe o marcador e encobriu o bom goleiro Fábio com extrema categoria.
O que impressiona em Barcos é que, além da vocação para goleador-já fez 25 gols na temporada- tem surpreendente habilidade para um homem de área e de 1 metro e 89 de altura, com um jeito todo especial de driblar. Além disso, passa a impressão de extremo comprometimento com a equipe, como aconteceu no meio da semana, quando praticamente não dormiu ao voltar do Chile- onde estava com a Seleção Argentina-, em função do horário e do atraso do vôo, chegou em cima da hora em Salvador e mesmo assim entrou em campo, construindo a jogada que deu no gol de Betinho contra o Bahia.
Por justiça, não se pode dizer que o Palmeiras viveu apenas de Barcos. O time está com uma raça incomum, liderado por Marcos Assunção, e depois de um primeiro tempo meio sem graça contra o Cruzeiro (que perdeu duas chances com Anselmo Ramon), voltou bem melhor na etapa final.
Etapa em que “El Pirata” decidiu a questão.
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