Rivalidade e fanatismo à parte, é necessário reconhecer o mérito do técnico Tite na conquista do Mundial de Clubes da FIFA, pelo Corinthians, no domingo (16/12).
Com um time sem grandes estrelas, com qualidade individuais limitadas, o treinador conseguiu montar uma equipe competitiva e competente, que pode não jogar um futebol bonito igual ao Barcelona, de Iniesta e Messi, nos tempos de Pep Guardiola, mas com um desempenho eficiente.
Além disso, Tite foi responsável por estabelecer ética nos bastidores alvinegro, onde impera diversos outros interesses. Criou também a 'Família Tite', onde a união é forte e não privilegia um ou outro jogador, mas sim o coletivo.
Nessas horas é preciso tirar lições.
Vamos fazer uma reflexão comparando com o Palmeiras.
A diretoria alviverde é dividida e cada chapa pensa exclusivamente em seu próprio benefício, esquecendo o bem maior, que é o clube. Não que isso seja um "câncer" que só exista no Palmeiras. Porém, no Palestra Itália, as 'Família$' estão dando importância maior aos seus próprios interesse$ e a politicagem.
Falta união e concordância.
Isso acaba refletindo na comissão técnica, que se vê sem respaldo em certos momentos e sem perspectivas de melhoras. Por exemplo, quando um técnico pela A, A1 e A2 e a diretoria traz Dezinho.
Indo para as arquibancadas, como não citar a festa feita pelos corintianos no Japão?
Do lado Verde, organizados (ou não) depredam propriedades de diretores, ameaçam e agridem jogadores, etc. Como podem exigir união dentro do clube, se entre as próprias organizadas isso não existe.
Quem sofre é o palmeirense que não é envolvido com essas facções, que se vê acoado e sem a mesma proteção destinada a esses meliantes.
Foto: Agência Estado |
Pensar que Tite já comandou o Palmeiras, em 2006, e passou por uma grande humilhação no Aeroporto de Cumbica ao ser xingado por uma torcida organizada que se mostrava insatisfeita, sem paciência com o trabalho do gaúcho. E quando se precisava de um respaldo da diretoria, o então diretor do clube, Salvador Hugo Palaia, lhe virou as costas, o que culminou com a saída de Tite do Palestra Itália.
Ao que parece, foi necessário mais um rebaixamento, o segundo na belíssima história palmeirense, para que os cartolas, a torcida e quem trabalha dentro do clube lembrasse da grandeza do palestrina e um título internacional do maior rival para que se pensasse que (já passou) está na hora de fazer alguma coisa.
Parabéns, Tite, por sua conquista individual e coletiva.
Até hoje não percebi em nenhuma ação dos vários presidentes que já passaram pelo Palmeiras a preocupação em mantê-lo como um grande clube. O próximo presidente precisa entender qual é a vocação do Palmeiras, e principalmente entender o grande papel do TORCEDOR neste contesto.
ResponderExcluirUm time de futebol tem como receitas a venda dos direitos econômicos dos atletas, a bilheteria dos estádios, a cota de TV, o patrocínio de camisas, o contrato de fornecimento de material esportivo, a franquia do nome em quadras e escolinhas de futebol e em lojas especializadas para o torcedor.
Exceto pela venda dos direitos econômico dos atletas, todos os demais itens estão atrelados a um personagem tão esquecido no processo: “O TORCEDOR”
Em todas as demais fontes de receita, os torcedores são contabilizado pela quantidade e qualidade (audiência de televisão, venda de camisas originais, exposição do logotipo do patrocinador máster em fotos de jornal e reportagens, o próprio consumo das marcas relacionadas ao clube, etc).
Não vejo ação do clube em aumentar este patrimônio tanto usado nestas negociações: “O TORCEDOR”.
Não sou especialista, mas acho que se os futuros presidentes do Palmeiras quiserem manter o time como grande, tem que desenvolver um planejamento de longo prazo, para reduzir a diferença que vem crescendo entre os números de torcedores palmeirenses e torcedores do Flamengo, Corinthians e São Paulo.
Esta diferença traz impacto direto sobre três de nossas maiores fontes de renda fixa: Cota de TV, patrocínio máster e material esportivo. Só para ter ideia de ordem de grandeza, os do Corinthians são R$110.000.000,00, R$30.000.000,00 e R$30.000.000,00 respectivamente, contra as nossas que são R$75.000.000,00, R$25.000.000,00 e R$17.500.000,00 por ano. Só ai temos uma diferença de R$52.500.000,00 por ano, sem contar a bilheteria, que com certeza o nosso é inferior, franquia de quadras que não temos e franquia de lojas para distribuição de material esportivo. Se considerarmos 3 anos neste cenário, o Flamengo e o Corinthians, com todo este dinheiro a mais, poderiam se tornar um Real e Barcelona, enquanto nos tornaríamos um Atlético de Madri ou Valência.
Uma chance de reverter este quadro seria com a venda de atletas. Para isto, teríamos que parar de comprar atletas caros e depois não conseguir vender ou simplesmente dispensa-los. É um erro de gestão.
Outro planejamento, seria a conscientização dos nossos torcedores na compra de material associados a marca Palmeiras, para qualificarmos melhor os nossos torcedores. Mas precisaríamos aumentar as nossas fileiras de torcedores. Não sou expert, mas os jovens torcedores se identificam com clubes campeões ou que tenham ídolos, coisa que ninguém de marketing faz atualmente. Por exemplo, porque não consolidar o apelido do Marcos Assunção como Marcos “Precisão” e vender isto a garotada, ou explorar o Barcos. Só para se ter uma ideia, ontem fui comprar uma camisa e nenhuma das 5 lojas que fui tinham o numero 9 dourado.
O que escrevo aqui é lógico, mas é impressionante não vermos isto sendo transformado em ações por parte de quem tanto briga para mandar no clube.