Por Mauro Cezar Pereira
De um lado o Corinthians campeão da Copa Libertadores e do torneio Mundial da Fifa. Time pronto, maduro, montado e caro. Só do banco de reservas saíram Alexandre Pato (custou 15 milhões de euros) e Renato Augusto (3,5 milhões de euros), com Romarinho de "troco".
Do outro o Palmeiras, campeão da Copa do Brasil e rebaixado à segunda divisão, no primeiro clássico depois de perder Hernán Barcos, seu principal jogador. Reforços modestos, negócios de ocasião, além de garotos da base que trabalham na reconstrução alviverde.
Fora de campo apenas 2 mil palmeirenses diante de aproximadamente 35 mil corintianos, já que o mando no Pacaembu, hoje o estádio de ambos, era alvinegro. Tudo favorável ao time treinado por Tite, claro. Gilson Kleina, por sua vez, se vira como dá.
Foi superior o Corinthians, de fato. Mas poderia ter perdido. O Palmeiras se mostrou firme o bastante, mesmo vendo a bola explodir em seu travessão logo no início do cotejo em petardo de Jorge Henrique e encarando um placar adverso ainda cedo. Levou 1 a 0, empatou, virou.
Para se igualar ao rival nitidamente inferiorizado, em quantidade de torcedores, na qualidade dos jogadores, na auto-estima abalada pela volta à Série B, os corintianos tiveram que lançar mão de suas maiores armas. O banco milionário foi para o gramado e igualou novamente o placar.
Tite deve estar ressabiado. Tanto contra o São Caetano quanto diante do Palmeiras escapou da derrota na reta final das pelejas e viu sua defesa, quase intransponível em 2012, levar gols em falhas inimagináveis meses atrás. Parece ser a hora de ajustes finos no setor crucial da equipe.
Kleina tem que ficar orgulhoso, como os torcedores palmeirenses. Na quinta-feira, contra o Sporting Cristal, pela Libertadores, viram uma equipe que lutou e se mostrou minimamente organizada. E o roteiro se repetiu diante do seu histórico adversário. De parabéns.
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