Por Robson Morelli
Quem diria, dos três paulistas na Libertadores, o Palmeiras hoje é quem está em melhor situação. Escrevo esse texto horas antes da partida do São Paulo com o Atlético-MG, mas já ponderando que o rival mineiro vai ser osso duro de roer para o Tricolor do Morumbi. Além de fazer bom resultado nesta noite (o jogo começa às 20h15), tem ainda de repetir a dose no Independência, em Belo Horizonte, onde o Atlético é praticamente imbatível. Mas para que os torcedores do São Paulo não peguem no meu pé, engrosso o coro dos que acham que o São Paulo tem bola para desbancar o adversário. Ocorre que ainda não jogou e se for levar em conta o que as duas equipes fizeram na fase de classificação, o elenco comandado por Ronaldinho Gaúcho é favorito sim.
Como no futebol qualquer aposta seca poder derrubar o apostador do cavalo, não seria louco de cravar um ou outro, até porque, como disse, acho que os elencos se equivalem.
Se o São Paulo ainda não testou sua sorte no primeiro confronto da fase de mata-mata da Libertadores, Corinthians e Palmeiras abriram essa etapa de forma distinta. O Corinthians reencontrou um velho conhecido argentino, o Boca Juniors. Com ele, em La Bombonera, uma torcida e um estádio que dão medo. Entendo até que o time de Tite poderia ter ganhado o jogo não fosse a soberba que o persegue desde o minuto em que chegou ao topo do mundo, após bater o Chelsea no Japão. Dali em diante, os jogadores do Corinthians, contra a vontade de seu treinador, acredito, começaram a jogar com a ideia, quase uma certeza, de que poderiam construir os resultados quando bem quisessem. Não foi assim na Argentina e não será nunca, embora algumas vitórias nesta temporada fizeram com que o torcedor pensasse desse modo. A derrota por 1 a 0 para o Boca na quarta-feira deixou o time do Parque São Jorge em condição complicada. Ameaçado.
Por ironia, o Palmeiras, que ninguém dava nada antes da competição, foi ao México e trouxe na bagagem um empate com sabor de classificação antecipada diante do Tijuana. É claro que ninguém está garantido. Nem o palmeirense deve comemorar nem o corintiano pode se desesperar da véspera. Mas é fato que o Palmeiras tem nas mãos um resultado muito melhor que o Corinthians. Ambos agora decidem sua sorte em casa, certamnete de casa cheia.
A disputa inverte quando se olha para a força dos elencos paulistas na Libertadores. Poucos acreditam que o Palmeiras consiga ir muito longe no torneio continental. Se superar o Tijuana, pode cair na próxima fase ou na próxima ou na próxima. O mesmo, no entanto, não se pode dizer de São Paulo e Corinthians. Misturando um pouco de razão à boa dose de sensação, se Corinthians e São Paulo passarem por Boca Juniors e Atlético-MG, respectivamente, eles se tornam candidatos ao título. Cada time tem um obstáculo diferente, além do adversário. claro: a soberba corintiana e a irregularidade são-paulina.
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