Por Roberto Avallone
Confesso que para mim é uma incógnita. Ainda envolvida pela magia daLibertadores, a torcida já está a caminho de esgotar os ingressos para a partida contra o Tijuana e nem parece ligar muito, ainda, para a ausência dos reforços necessários. Só que, terminada a sua competição na Libertadores- e não creio que isso aconteça diante doTijuana, pois é muito provável uma vitória palmeirense- o Palmeiras vai encarar a sua dura realidade: a Segundona.
E não entendo como o caminho mais certo esse de o presidente palmeirense, Paulo Nobre, dizer que “no Palmeiras não há jogador inegociável”, desde que a proposta seja boa para o jogador e para o clube. Isso é muito relativo: em minha opinião, não foi bom o negócio que envolveu a saída de Barcos para o Grêmio, pois, “profissionalmente”deveria ser levada com o máximo empenho a manutenção do melhor centroavante palestrino dos últimos tempos; como seria péssima- a não ser por uma quantia extraordinária- a perda de Henrique, capitão e melhor jogador do time. Já em relação a Valdivia,a história é outra, pois até agora não se pode contar com ele e foi um fiasco o seu retorno.
Por profissionalismo, entendo que montar um grande time significa resgatar o orgulho do palmeirense e assim vender mais programas de sócio- torcedor, atrair mais patrocinadores. E recuperar a autoestima e a grandeza perdidas. Ainda que na Segundona.
Não sei se é esse o pensamento do presidente ou de seu diretor-executivo, Brunoro. Lembro a eles, no entanto, que um respeitado cartola do Barcelona disse, indo além de uma eventual crise financeira: “Não se deve jamais esquecer do time”.
Claro. É o preço que se paga pela ambição de ser grande.
E a um time não basta ter ”sangue na veia” ou muita raça: isso, acredito, é obrigação. Além dessa obrigação, é preciso ter talentos. E se não há dinheiro para contratá-los, pelo menos que não se percam os últimos (e raros) remanescentes.
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