quinta-feira, 25 de julho de 2013

A sociedade que finge não ver e talvez nem ligue

Imagem do video 
A versão do videoclipe da música ‘Call me maybe, da cantora canadense, Carly Rae Jepsen, feito em uma casa de repouso inglesa, me chamou a atenção por conta de seus personagens, idosos, alguns visivelmente debilitados, cantando, dançando e participando alegremente da ‘brincadeira’.

Provavelmente, a maioria ali não conhecia a música, muito menos a sua interprete, e curiosamente foi através delas que aqueles vovôs e vovós ficaram conhecidos mundialmente – o video possui milhões de visualizações no Youtube.

A princípio as imagens me fizeram pensar sobre muitos assuntos relacionados ao mundo da terceira idade, sua doçura, inocência, experiência, limitações, dificuldades, preconceito e abandono. Logo penso no quanto nossa sociedade marginaliza os idosos e prefere os deixar de lado, como se fosse um objeto, inanimado, sem vontades, necessidades ou, pior, escolhas.

Talvez levantar esse debate não tenha sido o objetivo principal do autor (a) do video, porém também serve para refletir sobre esse assunto, já que daqui a alguns anos, a sociedade estará repleta de velhinhos e velhinhas que precisarão de cuidados especiais. No entanto, até o momento, a população deixa a desejar sobre atitudes e mostra total falta de respeito.

Acredito que essa seja uma questão cultural, por cultuarmos a juventude e toda sua graciosidade, por isso não acho que aconteça alguma mudança radical em curto prazo. Mas não é por isso que as pessoas devem cruzar os braços e aceitar a atual situação.

Aos mais indignados, como eu, comecem essa mudança respeitando ao próximo com gestos simples, como por exemplo, respeitando os lugares preferenciais, como assentos e vagas. Na verdade, parece que a sociedade sabe o que fazer, mas falta a iniciativa de fugir do comum e agir como deveria ser.

Espero que, como a autora do video, citado no início, as pessoas valorizem e respeitem os idosos, não por pensar ‘amanhã seremos assim’, mas pelo simples fato de serem seres humanos.

Vamos refletir e talvez ligar mais para os nossos velhinhos e ouvir suas vozes. 

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Jogadores do Palmeiras em pé de guerra com Omar Feitosa

Omar Feitosa
Por Blog do Paulinho 

O inexplicável número de 46 jogadores que o Palmeiras tem disponíveis em seu elenco principal, muitos deles indignos de vestirem a camisa do clube, tem ocasionado constrangimento e ira de boa parte dos atletas.

Um deles, sob anonimato, conversou com o blog, e, em desabafo, relatou:

“Não dá, Paulinho. Já não basta os salários atrasados, somos obrigados ainda a dividir os armários com jogadores que sequer conhecemos direito. Nunca dividi armário com ninguém. Nem na várzea. Armário é coisa pessoal. Um absurdo !”, reclamou.

“Sem contar que não há mais vagas nos estacionamentos para os atletas. Agora disputamos com os associados, visitantes e diretores local para guardar o carro. Quem chegar primeiro, leva. O que sobra, reclama.”, complementou.

“A culpa ? Boa parte dela, sem dúvida, é do Omar Feitosa (Gerente de Futebol). Um “faz nada”, que quando resolve fazer, ainda faz errado. Mas é o homem do presidente… Toda a organização está a cargo dele.”, finalizou.

Ainda, segundo o jogador, essa situação tem levado até alguns atletas a se atritarem, influenciando, claro, no ambiente do vestiário.

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Por Barcos, LDU aciona Palmeiras na Fifa

Titular no time do Grêmio, o centroavante Hernán Barcos chegou ao clube em fevereiro, mas a transferência que o levou do Palmeiras para Porto Alegre ainda é motivo de irritação para a Liga Deportiva Universitária (LDU).
Dona de 30% dos direitos econômicos do jogador, a LDU considerou irregular a negociação entre Palmeiras e Grêmio. De acordo com o site 'Gazeta Esportiva.net', os equatorianos apresentaram uma demanda à Fifa sobre o assunto. Procurado pela reportagem, o clube paulista alegou ainda não ter sido notificado oficialmente e, por isso, preferiu não se posicionar em relação ao caso.
O Palmeiras possuía 70% dos direitos econômicos de Barcos e, já na gestão de Paulo Nobre, vendeu 55% ao Grêmio. Segundo os equatorianos, antes de fechar o negócio, o clube brasileiro tinha obrigação por contrato de consultar a LDU, que poderia igualar a proposta dos gaúchos e ficar com o jogador.
Na época em que negociou Barcos com o Grêmio, o Palmeiras ainda devia aos equatorianos a última parcela pela compra de 70% dos direitos econômicos do jogador, no valor de US$ 750 mil. O débito, pendente desde o último dia 20 de janeiro, já foi quitado - recentemente, de acordo com a LDU.
"Só pagaram a última parcela porque foram notificados pela Fifa", disse Esteban Paz, responsável por gerir o futebol do clube, contrariando a versão dos brasileiros. "O que mais incomoda é a falta de respeito dos dirigentes do Palmeiras ao descumprirem um convênio legalmente firmado. Dissemos que estávamos dispostos a colaborar e discutir distintas alternativas. Como não houve resposta, fomos obrigados a entrar na Fifa", completou.
O pagamento da última parcela, no entanto, não encerra a demanda dos equatorianos na Fifa. O advogado Matias Elmo, representante do escritório sediado na Argentina a serviço da LDU, se disse impedido de fornecer maiores informações em torno da ação neste momento, mas explicou que o clube deseja ser indenizado.
"Em primeiro lugar, o Palmeiras tem que pagar a dívida de quando o jogador foi inicialmente vendido (algo já realizado). Em segundo lugar, precisa pagar pelos danos e prejuízos ocasionados pelo não cumprimento do acordo de parceria dos direitos econômicos. A demanda está tramitando na Fifa e isso é tudo que posso dizer agora", afirmou.
Barcos deixou o Palmeiras pensando em se manter na seleção argentina para a disputa da Copa do Mundo de 2014, mas, desde então, não foi mais convocado. Após fazer sucesso em seus primeiros jogos pelo Grêmio, amargou um jejum de 70 dias (sete partidas) sem marcar gols, seca encerrada no último sábado, no empate diante do Atlético-PR, em Curitiba.

A “mosquinha” do poder picou Paulo Nobre

Foto: O Estado de S. Paulo
Por Blog do Paulinho 

O novo presidente do Palmeiras, Paulo Nobre, que ingressou na política do clube com discurso de independência política, meses depois de assumir o cargo, demonstra que o poder o cooptou.

Para satisfazer os interesses de um grupo de conselheiros denominados “Fanfulla”, que, por sinal, costuma ter discursos também de moralidade, contratou o irmão de um dos integrantes para o cargo de Gerente Financeiro do clube.

Trata-se de Luciano Paciello, que receberá R$ 40 mil mensais pelo ofício.

Dessa maneira, os que se diziam “independentes” e “amantes” do Palmeiras se prostituem tanto quanto àqueles que combatiam, num círculo vicioso de “toma-lá-dá-cá” ainda mais prejudicial ao clube do que uma queda esportiva para a segunda divisão.

Depois de Maikon Leite, Kleber também pode seguir no Palmeiras

Foto: Arena
Visto circulando pela Academia de Futebol na última semana, o centroavante Kleber pode ter seu futuro definido nos próximos dias. Depois de não conseguir encontrar compradores para o camisa 9, o Porto voltou a conversar com a diretoria do Palmeiras e, atendendo a pedidos do técnico Gilson Kleina e do próprio jogador, podem renovar o empréstimo do atacante.

Contratado para substituir o argentino Hernán Barcos, Kleber não agradou à torcida por lances emblemáticos no primeiro semestre. Na Libertadores, perdeu gol claro contra o Tigre, na Argentina, e admitiu ter sido displicente. Mais tarde, nas quartas de final do Campeonato Paulista, fez gol de cabeça, levou a decisão para os pênaltis, mas desperdiçou uma das cobranças que eliminaram o time.

Foto: Gazeta Press
O segundo gol do centroavante saiu já na Série B do Campeonato Brasileiro, na vitória por 3 a 0 sobre o ASA, em Arapiraca. No total, foram apenas 11 partidas com a camisa alviverde e quatro períodos de recuperação de lesão em somente cinco meses de clube. Apesar dos números abaixo do esperado e da recente contratação de Alan Kardec, o atacante tem o aval de Gilson Kleina para ficar.

Outra saída que era dada como certa, mas que pode tomar outros rumos é a de Maikon Leite. O atacante chegou a ser confirmado no Umm-Salal Sports, do Catar, mas viu o negócio melar. Nesta quinta-feira, por exemplo, o ex-santista compareceu à Academia de Futebol e ficou ao lado de Kleina acompanhando a movimentação dos jogadores em treino leve.

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Negociação com Luis Ricardo pode melar

Foto: Gazeta Press
Depois de renovar seu contrato com a Portuguesa por mais três anos, o lateral direito Luis Ricardo esteve perto de trocar o clube do Canindé pelo Palmeiras, porém um desentendimento entre a diretoria das duas equipes e a indecisão de Ayrton, ala do time alviverde que seria envolvido na troca pelo atleta da Lusa, podem ter atrapalhado a negociação de forma definitiva.

A Portuguesa exigia um titular para ceder seu camisa 2, que já tinha manifestado o desejo de atuar pelo time do Palestra Itália e apalavrou a sua saída com a diretoria alvirrubra. O Palmeiras ofereceu Ayrton, que se tornou um primeiro empecilho porque disse que não gostaria de atuar no Canindé.

Se antes a transferência estava certa,nos últimos dias  o panorama foi diferente. O desejo inicial de Ayrton permanecer no Palmeiras irritou os dirigentes da Portuguesa e a troca, mesmo antes acordada por ambas as partes, pode acabar não sendo concretizada. E os dois jogadores não sabem onde atuarão no segundo semestre.

Com o futuro incerto, Luis Ricardo ainda aguarda um entendimento entre as duas diretorias para satisfazer sua vontade de jogar no Palmeiras. O lateral direito aceitou renovar seu contrato, há cerca de dois meses, exatamente por estar ciente da possibilidade de sair e, ao mesmo tempo, trazer algum benefício para a Portuguesa.

A esperança do Palmeiras é de que o presidente Paulo Nobre procure o mandatário da Lusa, Manuel da Lupa, e consiga contornar a irritação no Canindé. Por enquanto, resta ao Verdão apostar em Luis Felipe, oriundo das categorias de base e que estava no Penapolense.

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Valdívia treina, faz gol e deixa (alguns) palmeirenses esperançosos. Você ainda crê no chileno?

Foto: Gazeta Press
Por Mauro Cezar Pereira

Bola rolando no CT do Palmeiras, Valdívia em campo. O chileno cobra falta e manda a pelota nas redes do Audax, adversário dos alviverdes no jogo-treino. A atividade termina com um triunfo dos donos da casa por 2 a 1. E o reaparecimento do camisa 10 empolgou pelo menos a alguns.

Um dos mais animados com o retorno de Valdívia aos gramados, mesmo não sendo um jogo oficial, é Paulo Nobre. O presidente do Palmeiras demonstrou esperança com o reaparecimento do atleta que não atua há 111 dias. "Ele está superempenhado e com muita vontade", disse o dirigente.

O retorno de Valdívia está programado para o próximo sábado, diante do Oeste de Itápolis, em Presidente Prudente, peleja pela sétima rodada do Brasileirão da Série B. Recontratado em agosto de 2010, Valdivia atuou em apenas nove das 35 partidas do Palmeiras em 2013.

E responda: você ainda acredita que Valdívia possa jogar a bola que os torcedores palmeirenses esperam, ou esperaram um dia que ele jogasse?

Palmeiras revigorado para o segundo semestre de 2013

Alan Kardec
Acredito que nenhum outro clube tenha aproveitado tão bem essa pausa para a Copa das Confederações do que o Palmeiras. 



Isso porque, o Verdão acertou com três BONS reforços: o centroavante Alan Kardec e os meias Felipe Menezes e Mendieta. Ainda são aguardadas as contratações do volante uruguaio Eguren e o lateral-direito Luís Ricardo. Sem falar que o Departamento Médico do clube está quase vazio, contanto apenas com o volante Léo Gago que faz fisioterapia após  operar o tornozelo direito. 

Felipe Menezes
Isso somado à 'suposta' recuperação de Valdívia, já faz a torcida palmeirense sonhar com jogos de melhor nível técnico do time, um acesso mais tranquilo a série e a uma disputa digna na Copa do Brasil. 

Aguardemos...

Jogadora Marta conta como foi difícil entrar para o futebol;

Foto:Odd Andersen
Por Louise Soares 
Colaboração para a Folha, do Rio

Marta Vieira da Silva, 27, é mais conhecida pelo primeiro nome e pelos apelidos "Pelé de saias" ou "Rainha do Futebol". Eleita por cinco anos seguidos como a melhor jogadora de futebol do mundo pela FIFA, entre 2006 e 2011, Marta também já conquistou medalha de ouro nos Jogos Pan Americanos de 2003 e 2007, com a Seleção Brasileira de Futebol Feminino.
Atacante, assim como Neymar e Messi, Marta participou de duas Olimpíadas e uma Copa do Mundo e, atualmente, está no clube Tyresö, da Suécia.

Em entrevista por e-mail à "Folhinha", a atleta falou sobre as dificuldades enfrentadas pelas meninas que decidem jogar futebol, a diferença do tratamento das atletas no Brasil e nos outros países e lembrou de sua infância na cidade de Dois Riachos, Alagoas, quando jogava bola com os primos e amigos na rua. Leia abaixo.

"Folhinha" - Quando e como você começou a se interessar por futebol? Como decidiu jogar profissionalmente?

Marta- Comecei a me interessar por futebol com uns sete a oito anos, brincando. Tenho uma família muito grande e todos os meus primos e amigos de infância jogavam bola na rua. Quando eu percebi que levava jeito, decidi que o futebol seria a minha profissão.


Você sofreu preconceito de familiares ou amigos pela sua escolha profissional?
Sim, muito. Sou de Dois Riachos, uma cidade muito pequena do interior de Alagoas. As pessoas na época não viam com bons olhos uma menina jogando bola no meio de um monte de garotos, e a minha família pensava da mesma forma.


Quais são as dificuldades que uma menina enfrenta quando decide ser jogadora de futebol?
Ainda acho que é o preconceito, que hoje é menor, mas ainda existe, e a falta de opção de escolinhas de futebol.


Você nota alguma diferença no tratamento dado às mulheres que jogam futebol nos Estados Unidos e nos países da Europa, por exemplo, em relação ao tratamento dado a elas no Brasil?
Na Europa e nos Estados Unidos, onde joguei e ainda jogo, a diferença no tratamento das atletas é muito grande, a começar pela forma de encarar o futebol feminino como uma modalidade profissional. No Brasil, essa modalidade ainda é vista como amadora. Na Europa, muitas atletas vivem do futebol e são seguidas por milhares de fãs mirins e adultos. Os campeonatos nacionais e internacionais já existem há bastante tempo. A Liga Sueca Feminina, por exemplo, existe desde 1988. As brasileiras continuam lutando pela criação de uma liga feminina.


Na sua opinião, qual o maior obstáculo para o ingresso das meninas nos times de futebol: a cultura do esporte como uma atividade masculina ou a falta de apoio para as aspirantes a jogadoras?
Uma coisa leva a outra. Acho que o preconceito que ainda existe, por menor que seja, e o fato de muitos ainda pensarem que é um esporte voltado ao mundo masculino, faz com que a dificuldade cresça de uma forma geral, com falta de apoio, patrocínios e interesse no futebol feminino.


Não são raros os casos de meninos que são contratados ainda adolescentes para jogar em grandes clubes da Europa. Isso acontece também com as jogadoras? Existe um interesse dos clubes estrangeiros pelas jovens atletas brasileiras?
Acho que interesse por parte dos clubes femininos existe sim, mas é muito complicado, pois os custos são altos e o nível financeiro de uma equipe feminina não é o mesmo de uma equipe masculina. Portanto, é muito difícil fazer esse tipo de investimento no futebol feminino logo cedo.