Imagem do video |
A versão do videoclipe da música ‘Call
me maybe, da cantora canadense, Carly Rae Jepsen, feito em uma casa de repouso
inglesa, me chamou a atenção por conta de seus personagens, idosos, alguns visivelmente
debilitados, cantando, dançando e participando alegremente da ‘brincadeira’.
Provavelmente, a maioria ali não
conhecia a música, muito menos a sua interprete, e curiosamente foi através
delas que aqueles vovôs e vovós ficaram conhecidos mundialmente – o video possui
milhões de visualizações no Youtube.
A princípio as imagens me fizeram
pensar sobre muitos assuntos relacionados ao mundo da terceira idade, sua
doçura, inocência, experiência, limitações, dificuldades, preconceito e
abandono. Logo penso no quanto nossa sociedade marginaliza os idosos e prefere
os deixar de lado, como se fosse um objeto, inanimado, sem vontades, necessidades
ou, pior, escolhas.
Talvez levantar esse debate não
tenha sido o objetivo principal do autor (a) do video, porém também serve para
refletir sobre esse assunto, já que daqui a alguns anos, a sociedade estará
repleta de velhinhos e velhinhas que precisarão de cuidados especiais. No
entanto, até o momento, a população deixa a desejar sobre atitudes e mostra
total falta de respeito.
Acredito que essa seja uma
questão cultural, por cultuarmos a juventude e toda sua graciosidade, por isso
não acho que aconteça alguma mudança radical em curto prazo. Mas não é por isso
que as pessoas devem cruzar os braços e aceitar a atual situação.
Aos mais indignados, como eu, comecem
essa mudança respeitando ao próximo com gestos simples, como por exemplo,
respeitando os lugares preferenciais, como assentos e vagas. Na verdade, parece
que a sociedade sabe o que fazer, mas falta a iniciativa de fugir do comum e agir
como deveria ser.
Espero que, como a autora do
video, citado no início, as pessoas valorizem e respeitem os idosos, não por
pensar ‘amanhã seremos assim’, mas pelo simples fato de serem seres humanos.
Vamos refletir e talvez ligar
mais para os nossos velhinhos e ouvir suas vozes.