Bárbara, Fabiana, Érika, Rafaelle, Thaisa, Tamires, Formiga, Andressa
Alves, Poliana, Andressa, Maurine, Raquel, Gabriella e Cristiane.
Equipe medalha de ouro no futebol feminino dos Jogos Pan-Americanos 2015.
Equipe medalha de ouro no futebol feminino dos Jogos Pan-Americanos 2015.
Para lavar a alma após a triste saída
da Copa do Mundo, a seleção
brasileira de futebol feminino chegou ao lugar mais alto do pódio. Aliás,
medalhas em pan-americanos tem sido um hábito para a categoria, que sempre leva
uma para casa quando disputa o torneio – três de ouro e uma de prata.
"Essa medalha serve para
coroar o trabalho já que saímos do Mundial de um jeito que não queríamos. Nada
melhor do que dá a resposta para quem nos criticou. Não sabem a metade do duro
que nós demos para estar aqui", disse a capitã Formiga, em entrevista ao
UOL Esporte.
Uma lição de garra, determinação
e dedicação para marmanjo nenhum botar defeito.
Conquista do ouro
Alguns podem dizer que futebol
feminino é mais fácil, que existe mais espaço e que as goleiras nem são tão
alta – Sandra Sepulveda, da Colômbia, tem 1,65 m -, mas não esqueçam que é
assim do lado de lá, mas é assim do lado de cá também.
A estrutura física, as condições
de treinamento – quando há treinamento – o apoio e o preconceito são fatores
determinantes para o desenvolvimento das equipes. E isso acontece no masculino
também, já que se o garoto sabe fazer um ou dois dribles, não se dedica nos
treinos e é vendido para um clube lá fora, ele não lapida todo o seu potencial.
Na fase de grupos, foram 12 gols
marcados e, apenas, um sofrido. Vitória, na estreia, sobre a Costa Rica por 3 a
0, goleada digna de Copa do Mundo em cima do Equador, 7 a 1 e outro resultado favorável
em cima das anfitriãs: Canadá 0 x 2 Brasil.
As semifinais reservaram um jogo
duro: o Brasil enfrentaria as mexicanas.
Em jogos disputado em Hamilton,
nada de surpresas, as brasileiras fizeram uma placar de 4 a 2 e iriam disputar
a final, pela quarta vez consecutiva.
Diante da Colômbia, que passou pelo
Canadá, o Brasil não encontrou dificuldades e fez uma placar elástico: 4 a 0,
com direito a gol da polivalente Formiga, golaço-aço-aço olímpico de Maurine,
gol coletivo de Andressa Alves e um chutaço indefensável de Fabiana.
Festa do técnico Vadão e de toda
a comissão técnica que acreditaram no potencial dessas meninas e,
principalmente, no futebol feminino.
Ah, vale destacar que este título foi conquistado sem a
presença de Marta. A camisa 10
precisou se reapresentar ao Rosengard (SUE) após a Copa do Mundo feminina e foi
substituída por Raquel.
Que este ouro traga mais incentivo da CBF e dos
clubes à categoria e que ajude a minar o preconceito que suja e atrapalha o desenvolvimento
do futebol feminino no Brasil. E quem sabe, as Olimpíadas do Rio sejam a cereja
no bolo que falta para coroar nossas guerreiras.