Por Ricardo Perrone
A atual diretoria do Palmeiras assumiu com a meta de reduzir gastos e pagar dívidas. Tem demonstrado esforço para isso. Porém, o relatório financeiro do primeiro trimestre de 2011 mostra que o clube gastou em média R$ 3,9 milhões por mês a mais do que planejava.
Até 3o de março, as despesas foram de aproximadamente R$ 35 milhões. O orçamento para 2011 prevê um gasto no ano de R$ 85 milhões para um lucro no exercício de R$ 3,5 milhões.
Para ficar dentro da média mensal prevista, a despesa deveria ser de R$ 7,4 milhões a cada 30 dias. Porém, a média foi de R$ 11,3 milhões. Os números são do relatório apresentado nesta segunda pela diretoria ao Conselho de Orientação e Fiscalização.
Caso seguisse à risca a previsão orçamentária, a despesa no primeiro trimestre seria de R$ 22,4 milhões. Ou seja, o Palmeiras gastou R$ 12,6 milhões a mais do que deveria nos primeiros 90 dias do ano.
Os números podem refletir diretamente no trabalho do técnico Luiz Felipe Scolari. Conselheiros aliados da diretoria já pressionam os cartolas para gastarem menos.
Mas, na outra ponta da corda, Felipão faz força por reforços de primeira linha. Empresários que oferecem atletas de gabarito ao clube reclamam que falta dinheiro aos alviverdes para bater o martelo.
Por isso, a diretoria ainda não definiu a contratação de Henrique, por quem o Barcelona pede US$ 4 milhões. O Palmeiras não desistiu do negócio e procura alternativas. A demora desagrada ao técnico.
As contratações mais recentes ainda não aparecem no relatório de gastos, porém foram feitas em padrões que não devem prejudicar a previsão orçamentária. Por 20% dos direitos de Martinuccio, que deve ser anunciado nos próximos dias, o clube se comprometeu a pagar US$ 500 mil. Já Paulo Henrique, ex-Paraná, chega com um salário de R$ 17 mil. Valor alto para a média da população brasileira. E baixo para os padrões dos grandes clubes brasileiros.
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