Por Robson Morelli
Em entrevista à revista Carta Capital desta semana, a presidente Dilma Roussef afirmou não ver problemas em realizar a Copa do Mundo de 2014 em 10 e não 12 cidades-sedes, como fatiou a Fifa ao anunciar a escolha do Brasil como país-sede da competição.
Dilma disse isso para responder sobre os atrasos das obras de estádios e também de aeroportos, embora tenha garantido que tudo ficará pronto até o fim de 2013. O mapa da Fifa para a disputa relaciona as seguintes praças brasileiras:
São Paulo
Rio de Janeiro
Belo Horizonte
Brasília
Manaus
Cuiabá
Porto Alegre
Curitiba
Fortaleza
Natal
Salvador
Recife
Ocorre que as obras de estádios mais atrasadas são em São Paulo e Brasília. Duvido que o governo tenha peito para excluir da festa essas duas cidades, e por motivos óbvios. A primeira é o coração do Brasil, com dizem, o banco do País. Brasília é o Distrito Federal, onde se concentra o poder. Esquece. Se a presidente estava mesmo falando sério, pode sobrar para cidades menos “interessantes” no mapa geopolítico do País. E qualquer uma que for escolhida a se retirar causará eternos melindres.
A própria Fifa achou em determinado momento da organização da Copa que 12 cidades-sedes era demais. Joseph Blatter foi convencido por Ricardo Teixeira com argumentos sobre o tamanho do País e o apego de sua gente por futebol. Bons argumentos, diga-se. De norte a sul, leste a oeste, em qualquer rincão do Brasil, é possível encontrar meninos jogando bola.
Também há as promessas e os acordos políticos feitos pela CBF. No bom português, dívidas com as 12 cidades. E todos os estádios já estão em obras, mesmo aqueles onde o futebol profissional se restringe à própria região, como Manaus.
Legado
Dilma também falou em 50 obras de legado para a população brasileira. 50. O próprio ministro do Esporte, Orlando Silva, no programa Roda Vida, também comentou sobre este número. Ele, no entanto, não deu certeza de que todas as obras orçadas e planejadas serão mesmo erguidas. Foi mais realista.
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