Por Robson Morelli
O Estadão (jornais o Estado de S. Paulo, estadão.com e JT) divulgou hoje que o Corinthians tenta vender o nome do Itaquerão por R$ 300 milhões. Um bom dinheiro quando se pensa no todo. Parte desse montante seria adiantada. O restante, pagos em parcelas a definir. A oferta de um banco privado está sobre a mesa do presidente Andres Sanches, informa o repórter Wagner Vilaron.
Digo é que dinheiro de pinga. O tal banco quer fazer o acordo por 20 anos. O Corinthians força a barra para assinar por 15 temporadas. Vamos às contas: R$300 milhões por 20 anos daria ao clube R$ 15 milhões/ano. Ou seja, R$ 1,25 milhão por mês. O Corinthians fez isso com algumas bilheterias nesta temporada jogando no Pacaembu quando nadava de braçadas na liderança do Brasileiro. E em um único jogo. Se fizesse três partidas em casa nessas condições (nunca duvide dos torcedores corintianos), levariaR$ 3,75 milhões por mês.
Se a conta fechar nos 15 anos, o clube ganharia um pouco mais: R$ 1,67 milhão por mês.
Como disse, é dinheiro de pinga para o futebol, para o Corinthians.
Mas é dinheiro. E quando se passa o pires, qualquer gorjeta ajuda. O contrato é que vai mandar, definir o que cada parte tem direito. O clube pode ‘inventar’ outras estratégias no Itaquerão para engrossar as receitas desde que o dono do nome concorde. As rendas ficarão para quem? O Corinthians pode muito bem somente negociar as rendas dos fins de semana. As bilheterias dos jogos de quarta-feira ficam para ele. É tudo uma questão de composição.
O ganho é poder antecipar receitas que só viria quando o último tijolo fosse assentado, lá para dezembro de 2013, se tanto. A diretoria corintiana tem apenas essas proposta, mas acredita poder receber mais depois que o Itaquerão ganhar uma cara, uma forma. Por enquanto é só terreno tratado. Está favorável a esperar um pouco mais.
ALGUNS EXEMPLOS
Os Estados Unidos são os campeões nesse negócio, e os clubes de lá têm feitos acordos de dar inveja. O acordo entre o time de beisebol do New York Mets com o Citigroup foi no valor de US$ 400 milhões (R$ 600 milhões) por 20 anos. Na Europa, principalmente na Inglaterra, as dobradinhas têm sido na casa dos R$ 400 milhões por 15 anos.
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