A explicação de Eduardo Paes sobre os gastos com o sorteio não esclareceu o mais importante

Por Vitor Birner

Deixei passar o comentário do prefeito Eduardo Paes, do Rio de Janeiro, sobre os R15 milhõs gastos pela prefeitura (o Governo estadual bancou os outros R15 milhões) no sorteio das eliminatórias da Copa-2014.

Não tinha visto a explicação que não explica (justifica) nada.

“Sentimos que esse evento traz muito mais do que os recursos que a prefeitura está locando”, disse. “Os benefícios, a divulgação para a cidade, se fôssemos fazer um anúncio em um canal de televisão, com a visibilidade que este sorteio trará, certamente, gastaríamos mais”

http://odia.terra.com.br/portal/rio/html/2011/7/paes_diz_que_gastos_com_sorteio_da_copa_sao_investimento_em_imagem_181232.html

Achei o raciocínio matemático do prefeito, a comparação que fez com os valores dos comerciais de televisão, pitoresco.

Sabe quando você pergunta algo e seu interlocutor responde outra coisa?

Foi o que aconteceu.

Se o evento tivesse custado R$ 1 milhão ao invés de R$ 30 milhões a tv não transmitiria?

O sorteio deixaria ser notícia?

Não entendi a relação do tamanho do gasto com a divulgação do evento.

Repito: o Governo e a Prefeitura do Rio de Janeiro precisam expliar quanto custou cada copo d’água, petisco, show, palco, lona….

Não se gasta R$250 mil por minuto ao longo de duas horas em festas privadas bancadas com o dinheiro público.

Cabe a quem considerou bom investimento e prioridade a dura missão de convencer os contribuintes de que valeu a pena.