A probabilidade de isso acontecer no Brasil é Z-E-R-O!

Por Benjamin Back


O campeonato espanhol não começará na data prevista. Os capitães dos time da primeira divisão através de uma assembléia geral da AFE ( Associação dos Futebolistas da Espanha) resolveram não entrarão em campo nas duas primeiras rodadas!

Os motivos?

Os jogadores espanhóis querem ter o direito de romper os seus contratos e buscarem um novo clube caso não recebam salários por três meses consecutivos. Também exigem que os clubes sejam obrigados a recolher uma contribuição para ajudar jogadores que estão sem receber e a última é que os atletas querem que os clubes que devam salários sejam excluídos das competições internacionais como é feito na Inglaterra, Alemanha e Holanda!

Ou seja, eles estão cobertos de razão! E não pensem que são apenas jogadores que provavelmente estão sentindo esses problemas na pele que lideram essa greve, nomes como Puyol, Cassillas, Xabi Alonso, entre outros apoiam o movimento, inclusive, vejam o que disse o goleiro titular da Seleção Espanhola e do Real Madrid:

” Estamos apoiando esta greve até a morte. Seremos solidários com os nossos companheiros e não jogaremos”.

Clap…Clap…Clap…

Agora imaginem qual a probabilidade de algo semelhante acontecer aqui no Brasil e ainda mais com o apoio de nomes de peso iguais esse na Espanha? Respondo sem precisar pensar muito: Z-E-R-O!!!!

Aqui ninguém está nem aí para nada, cada um vê apenas o seu e dane-se o resto!

Seria muito legal, por exemplo, dentre tantas outras reivindicações também importantes, os nossos jogadores de futebol se recusarem a entrar em campo em gramados que mais parecem pântanos, ou a jogar em horários inadequados, e por aí vaí…

Mas, aqui no Brasil, o Sindicato dos Atletas só é procurado por jogadores que passam por necessidades e em hipótese alguma recebe o apoio das chamadas “estrelas”, bem diferente do que acontece na Espamha.

Na Argentina também há essa conscientização e não apenas em assuntos ligados ao futebol, mas, com coisas mais relevantes relativas a situação política e econômica do país e lá o povo vai as ruas protestar e reivindicar por melhorias, enquanto nós…

Pois é, aqui infelizmente tudo é diferente e como diz aquela música: Tô nem aí, tô nem aí…