Valdívia |
Por Ricardo Perrone
Foi como se o Palmeiras tivesse perdido um título sem entrar em campo. A fracassada transferência de Valdivia para o Qatar irritou e decepcionou a diretoria. A sensação é de que todos no clube, menos o atacante, ficaram no prejuízo.
Reservadamente, os cartolas afirmam que o chileno só não foi vendido porque disse que pretende continuar no Brasil. Felipão faz parte da turma que se deu mal. Continuará com um jogador que pouco pode usar por causa de seguidas contusões e convocações para a seleção do Chile.
A diretoria sentiu no bolso o “fico” de Valdivia. Contava com a venda para quitar pelo menos parte da dívida com o banco Banif por conta da carta de crédito de 6,2 milhões de euros usada para contratar o chileno.
A ver navios também fica o conselheiro Osório Furlan Júnior, que comprou 35% dos direitos do atacante. A negociação com o Qatar era a oportunidade de ele recuperar o investimento. Dificilmente aparecerá outro negócio no mesmo nível financeiro.
Um desastre também para Luiz Gonzaga Belluzzo. A venda seria a deixa para o ex-presidente rebater as críticas de ter feito um dos piores negócios da história do clube ao contratar o chileno. Afinal, mesmo jogando pouco, ele seria vendido por uma boa quantia.
Ninguém vai falar isso nos microfones, mas os cartolas estão certos de que para Valdivia o melhor é ficar, mesmo ganhando um pouco menos. Continuará no país que gosta de viver, com seus amigos e recebendo salário europeu, independentemente de quantas vezes entrar em campo.
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