O estádio Carneirão, em Vitória de Santo Antão, na Zona da Mata do Recife, ficou cheio no sábado (5) para ver o jogo entre o Vitória (PE) e o Rio Preto (SP), pela semifinal da Copa do Brasil Feminina de Futebol. Os mais de 4,4 mil torcedores tiveram forte influência no resultado positivo para o time pernambucano, que ganhou por 2 a0 das meninas do interior paulista. O jogo de volta está marcado às 16h (horário de Brasília) desta terça-feira, em Rio Preto (SP).
O futebol feminino não tem muito apelo entre os torcedores brasileiros. No entanto, o treinador do Vitória e da Seleção Brasileira, Kleiton Lima, afirmou que Pernambuco está se tornando um exemplo para a popularização do esporte.
"Se a gente tivesse jogos no estado de São Paulo, no Rio de Janeiro com a casa cheia como aqui, o futebol feminino não seria tão anônimo como é. O público daqui de Pernambuco é apaixonado pelo futebol. A prova são todas as torcidas que lotam os estádios e aqui no Vitória não poderia ser diferente".
O JOGO
O primeiro tempo contou com algumas jogadas perigosas, apesar disso, o jogo estava bastante truncado, com muitas faltas e finalizações erradas. O Rio Preto deu um susto aos quatro minutos, quando Keilinha cobrou escanteio e a bola foi parar nos pés da lateral Saimon, que ficou livre, mas chutou por cima do gol.
O Tricolor das Tabocas não dava muito trabalho para goleira Edilene Magrão, que por sinal, não tem nenhum parentesco com o arqueiro do Sport. Aos 17 minutos, Carol Baiana lançou a bola dentro da área para Thaísinha, que demorou a chutar e foi bloqueada pela zagueira rio-pretense, Bruna. Se o Vitória estava meio parado, a volante islandesa, improvisada como meia, Thorunn, se destacou negativamente durante toda primeira etapa do jogo, pois errou muitos passes, perdeu várias bolas e não conseguia criar jogadas.
Sem nenhuma mudança no intervalo, o Vitória voltou no segundo tempo com uma postura diferente. Logo aos dez minutos, a zagueira Zizi cobrou uma falta do meio campo, Ketlen cabeceou dentro da área e Thorunn girou para marcar o primeiro gol e se redimir da sua má atuação no primeiro tempo.
Não demorou um minuto para o Rio Preto reagir. A atacante Kelinha ficou na cara do gol para mandar uma bomba, mas a goleira Thaís Picarte espalmou para longe. O Vitória queria garantir o segundo gol para respirar mais aliviado no jogo de volta. Aos 29, Ketlen ficou sozinha, mas ao invés de chutar, puxou a bola para o lado e foi desarmada.
Aos 32, Thaísinha chutou da intermediária, a goleira Edilene Magrão falhou e deixou a sobra para Carol Baiana, que colocou para dentro e em seguida bateu a coxa na trave. Machucada, Carol foi substituída por Lili Bala, que antes do gol, já aguardava a autorização da árbitra para entrar em campo. Depois de marcar o segundo tento, o Vitória só administrou o resultado até o final da partida.
No jogo de volta, o Tricolor das Tabocas pode perder por até um gol de diferença para garantir a classificação para a final da Copa do Brasil Feminina de Futebol.
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