Por Roberto Avallone
Não sei se estive congelado, sem saber, voltando ao mundo e ao futebol desconhecendo contusões modernas. Sei que, em outros tempos, as contusões musculares aconteciam, sim, mas eram raras: Pelé na Copa do mundo de 1962, no Chile, foi um exemplo. Ai de quem machucasse o músculo adutor.
Como num filme de Spielberg, no entanto, eis que deparo com contusões musculares crônicas. Pato, do Milan, por exemplo, fez tratamento até nos Estados Unidos para jogar míseros dez minutos contra o Barcelona, em jogo decisivo. O rapaz não sara.
Valdivia, do Palmeiras, é outro caso como naquele ditado da esfinge que“decifra-me ou te devoro”. Parece não ter jeito e ninguém explica direito o que é, sem tem jeito, se vai ficar sempre assim, jogando uma partida e parando não sei quantas.
O mesmo caso, talvez um pouco menos grave, é o de Alex, grande contratação corintiana, que também vive às voltas, como agora, com problemas musculares. Como leio, pergunto, já que perguntar não ofende: não estarão nossos preparadores puxando demais nos exercícios? Sei lá, pois que agora deu de acontecer as tais contusões na sola do pé, coisa que em outros tempos jamais tinha ouvido falar.
Sei que tudo isso deve ser coisa do mundo moderno, coisa que nós, leigos e mortais, não ousamos desvendar.
Mas que incomoda.
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