Por Vitor Birner
Pretendia folgar
Aproveitar o tédio do paulistinha com os quadrifinalistas definidos para descansar.
Fiquei em casa e decidi ver Guarani x Palmeiras.
Escolhi o jogo do Brinco de Ouro porque imaginei que seria o mais disputado da rodada.
Preferia ver o clássico das Minas Gerais, mas como não tenho o pacote do PPV mineiro, optei pelo confrontos dos finalistas do brasileirão de 1978.
Decidi escrever o post por causa da forma como o Palestra perdeu do Bugre.
Sobre a vitória Bugrina
O Guarani mereceu ganhar. Foi superior na maior parte do tempo e tirou proveito das várias falhas palmeirenses.
Além disso, o goleiro Juliano, escalado no lugar do titular Emerson, teve uma atuação perfeita. Fez algumas defesas impressionantes.
O domingo de páscoa foi péssimo para o time da capital.
Wesley se machucou aos nove minutos. A lesão preocupa. Maikon Leite entrou no lugar dele e de novo não atuou bem.
O sistema defensivo palestrino foi mal.
Cometeu dois erros iguais nos gols bugrinos da etapa inicial.
Falhou na marcação do cruzamentos na primeira trave, ambos em cobranças de faltas de Fumagali.
E na cobertura no terceiro gol da equipe de Campinas.
Depois, quando precisou pressionar, não teve força.
Olhar realista
O palmeirense precisa ser racional na avaliação da equipe que ama.
Sem reforços, não tem chance de ser campeão brasileiro
O grupo de atletas é superior ao do ano passado, os jogadores são mais guerreiros, mas falta qualidade para brigar nos pontos corridos.
Os três grandes paulistas, por exemplo, possuem jogadores melhores e em maior quantidade.
O confronto diante do Guarani deve servir para o palestrino refletir.
Deola jogou muito. Salvou seu time algumas vezes.
A arbitragem prejudicou o Bugre. O pênalti em Daniel Carvalho, logo após o 1xo do anfitrião, não aconteceu. O meia se jogou.Barcos cobrou bem.
Gerley, autor do pênalti infantil convertido por Fumagali, merecia, porém não recebeu o segundo amarelo após tentar roubar a bola do adversário, levantar o pé demais e acertar a cabeça dele.
Quando Cicinho foi expulso, aos 17 do segundo tempo, de maneira injusta (carrinho lateral na bola não é lance de vermelho, antigamente nem falta era), o Guarani já vencia por 3×1 e mandava no confronto.
Aliás, o gol aconteceu no espaço deixado pelo lateral-direito.
O Palmeiras não mostrou força para mudar o cenário desfavorável.
Limites
Sem Wesley, Daniel Carvalho, aparentemente ainda acima do peso, fica sobrecarregado na criação.
Se o lateral apóia, os volantes precisam fazer a cobertura. Marcos Assunção não tem idade e condição física para isso. Marcio Araujo necessita se desdobrar.
Se João Vitor atuar mais perto do meia, falta alguém para ajudar o Marcio Araujo. Quando recua mais para fazê-lo, Daniel Carvalho é quem fica muito sozinho na criação.
Por isso Felipão pediu Wesley. No Santos ele corria muito. Quando estiver inteiro tanto na parte física quanto técnica pode resolver o dilema do auxílio aos volantes e ao meia.
E Marcos Assunção vai aparecer como homem surpresa para arremates e cruzamentos.
Outra importante opção deveria ser o contragolpe.
Só que Maikon Leite oscila bastante.
O treinador queria que ele fosse o Paulo Nunes, o Euller, o velocista na direita capaz de tornar o Alviverde bem perigoso quando recua e atrai o adversário.
Não acontece.
Citei algumas situações para mostrar a necessidade de a direção contratar.
Como os cofres do clubes estão vazios, os palmeirenses vão precisar de paciência.
A expectativa exagerada é a mãe da frustração grande e desnecessária.
Na briga
O Palmeiras está realmente na briga pelos títulos do paulistinha e da Copa do Brasil.
O cardíaco mata-mata e o fato de não precisar encarar vários adversários da primeira divisão nacional dão ao Palestra chances de títulos em 2012.
Talvez a atitude dos torcedores influencie no rendimento nas horas decisivas deste semestre.
Vale pensar se é melhor pressionar os atletas ou tentar incentivá-los.
Se o problema é qualidade e os boleiros precisam arrumar força de superação, os limites técnicos deles ou o trabalho de Felipão.
Cuidado….
Há palmeirenses querendo a saída do treinador.
Cuidado.
Dependendo do substituto, a chance de trocar uma posição mediana no campeonato brasileiro, fora do grupo dos classificados para a Libertadores. por outra próxima à zona do rebaixamento, merece ser levada em conta.
Normalmente os times de Felipão atuam de maneira compacta, eficaz e guerreira.
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