Palmeiras 2 X 0 América Mineiro
Meu filho me manda mensagem do Allianz Parque em festa não só pela liderança, mas por mais uma ótima partida.
– Não me deixa empolgar, Babbo. Não me deixa empolgar!!!
Ele tem apenas 14 anos. Sabe muito dos 101 anos de glórias do Palmeiras. E sofreu demais neste século que não é palmeirense como foi o anterior.
Viveu um 2012 bem palestrino. Sofreu com a separação dos pais em maio, celebrou a Copa do Brasil de Betinho em julho, ficou feliz com o noivado do pai em novembro, ficou derrubado com o rebaixamento, e terminou o ano perdendo o avô que o ensinou a ser palmeirense acima de tudo e de todos.
2012 foi o ano mais Palmeiras da vida dele – também por tudo que o maior rival conquistou naquela temporada. A profecia do fim do planeta dos maias aconteceu só no Palestra. Da euforia do Alto da Glória à Volta Redonda para a Segundona. Meu Gabriel aprendeu o que é a vida e é o Palmeiras em um só ano. E Palmeiras, vocês sabem, e ele também, a nossa vida é você.
Meu filho viu muito time ruim desde que frequenta estádios, a partir de 2007. Celebrou até grandes conquistas com não muito futebol – como em 2012. Mas ele que não viu muito neste século, tem visto um time bonito de ver, e lindo de torcer. Time bem Cuca nas ideias e intensidades. E muito Palmeiras dos ótimos tempos.
Sabe jogar com volantes que mais parecem meias. Tchê Tchê e Moisés invertem bolas, lançam muito bem, aparecem na área, e correm o jogo todo.
Foto: Julia Chequer/Folhapress |
Róger Guedes vai muito longe. É ponta-ponta mesmo, e foi o melhor em campo. Dudu está cada vez melhor, rodando a partir da esquerda. Gabriel Jesus vai longe – e que não vá agora.
E ainda tem um banco que, há um ano, ou nos últimos anos, seria titular do Palmeiras. Muito pelas carências recentes. Mas também pela capacidade do time de hoje.
Não sei desde quando eu via jogos tão bons e tão bonitos do Palmeiras. Mas sei que esse time vai muito longe.
Este texto foi visto antes aqui.
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