quarta-feira, 15 de junho de 2011

Destaques da Copa: Homare Sawa

Copa do Mundo de Futebol Feminino será realizada neste mês de junho, a partir do dia 26, na Alemanha. Até lá, toda semana, o blog trará aos seus leitores os destaques de cada seleção.

Pelo grupo B, na postagem desta quarta-feira (15), a protagonista pertence a seleção do Japão.




“Ela é uma figura icônica da seleção japonesa. Exemplifica perfeitamente o tipo de futebol que tentamos jogar e também faz parte do nosso plantel há 15 anos. Por isso, conhece toda a história do futebol feminino no Japão.” As palavras de admiração e respeito de Norio Sasaki, técnico do selecionado nipônico, descrevem a jogadora mais destacada do seu grupo e a capitã do elenco que disputará a Copa do Mundo Feminina da FIFA 2011 na Alemanha.
Homare Sawa é uma meio-campista que se destaca mais pela técnica do que pelo porte físico. Aos 32 anos, jogará a sua quinta e provavelmente última Copa do Mundo Feminina da FIFA. Por isso mesmo, as recordações das últimas campanhas a deixam nostálgica. “Se for para escolher, acho que fico com a primeira, porque era o meu grande sonho e a disputei com apenas 16 anos”, conta a jogadora ao FIFA.com.
À chegada às quartas de final no torneio de 1995 foi a melhor classificação das japonesas, que disputaram todas as edições do Mundial Feminino. “Nunca é fácil definir um objetivo, mas espero que possamos superar a fase de grupos”, destaca a jogadora do INAC de Kobe, pensando em atingir pelo menos as oitavas na Alemanha. “Faremos um bom torneio, e gostaria de ganhar uma medalha. Seja qual for a cor, seria uma conquista incrível.”
Subir ao pódio, em qualquer degrau como ela diz, seria então um prêmio e tanto para uma seleção que chega ao Mundial ainda com as lembranças do trauma do início do ano. “Depois do grande terremoto de março, muitas companheiras tiveram diversos problemas e não puderam treinar bem”, comenta a também meio-campista Naomi Kawasumi. “Eu não sabia se conseguiríamos ir à Alemanha. Graças ao apoio de gente de todo o mundo, a seleção pode participar do Mundial. Como mostra de gratidão, gostaríamos de jogar o nosso melhor futebol lá.”

Experiência e crescimento
“A Homare é uma jogadora com uma habilidade impressionante para roubar e dominar a bola”, prossegue o treinador. “Ela recupera e vai ao ataque com muita agressividade. Quero que todos conheçam o nosso futebol por intermédio da nossa capitã.”
Sawa, admiradora do futebol do espanhol Xavi, disputou a liga americana com o Atlanta Beat e o Washington Freedom. Ela reconhece que a experiência no exterior foi fundamental para o seu crescimento como jogadora. “Aprendi muito e saí fortalecida mentalmente”, explica. “Quando cheguei em 1999, nem falava o idioma e precisei me adaptar a uma cultura muito diferente. Aquilo me ajudou muito a amadurecer. No aspecto esportivo, melhorei a parte técnica e física.”
“Comecei a jogar futebol com o meu irmão e os amigos dele”, relembra Sawa, que entrou para a principal liga japonesa aos 12 anos de idade. “Hoje as jogadoras mais jovens da seleção têm muito talento, qualidade e postura. Além disso, chegam muito mais preparadas porque têm muito mais oportunidades. Ainda assim, a atleta japonesa precisa continuar crescendo, aperfeiçoar a preparação física e se fortalecer mentalmente para ganhar mais experiência. Ainda há muito trabalho a ser feito.”
A experiente jogadora defronta-se agora com a reta final da sua carreira. “Ainda não sei quando vou me aposentar, se vai ser depois do Mundial ou dos Jogos Olímpicos”, confessa. É bom aproveitar a oportunidade de observá-la nas partidas do Japão na Alemanha, já que os confrontos com Nova Zelândia, México e Inglaterra poderão ser os últimos de Sawa com as cores do seu país.

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