Por Mariliz Pereira Jorge
Valeu muito apena ler!!!! Clique aqui.
Mostrando postagens com marcador Folha de São Paulo. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Folha de São Paulo. Mostrar todas as postagens
segunda-feira, 24 de outubro de 2016
quarta-feira, 10 de agosto de 2016
Transmissão da Rio-2016 nos EUA gera polêmica do “sexismo olímpico”
POR MARCELO BERNARDES
O triunfo da nadadora húngara Katinka Hosszu, 27, que conquistou três medalhas de ouro na Rio-2016 e bateu recordes olímpicos, está também rendendo muita polêmica via Twitter, com fãs e espectadores dos Jogos Olímpicos chamando a cobertura jornalística reservada às vitórias da atleta de sexistas. E nem é por causa do apelido que ela ganhou: “dama de ferro”.
A confusão começou no sábado (6), quando a rede NBC mostrava imagens do marido de Hosszu, Shane Tusup, que também vem a ser o treinador dela. À beira da piscina, Tusup é famoso por criar mini-espetáculos de emoções não contidas, ao comemorar efusivamente as vitórias da mulher, pulando, andando de um lado para o outro, batendo o punho contra o peito e gritando o nome de Katinka, o que levou alguns comentaristas à o apelidarem de “maridão do ano”.
Depois de Hosszu vencer sua primeira medalha de ouro e as câmeras imediatamente mostrarem a reação do marido, o comentarista da rede de TV norte-americana NBC especializado em natação, disse que Tusup era o “cara responsável por transformar a mulher em uma nadadora totalmente diferente”. Na noite de segunda-feira (8), quando venceu outra medalha, o mesmo comentarista disse que Tusup foi “fundamental” para a virada da carreira dela. “Espere um pouco, o que eu acabei de assistir? Hosszu bate recorde olímpico e a NBC corta para o marido/treinador dizendo que ele foi o responsável pela proeza dela?!”, escreveu uma usuária do Twitter. “Hosszu bateu o recorde dez minutos atrás e eu já li três artigos sobre o marido dela”, tuítou outra mulher. Outro tuíte: “Isso é tão ofensivo e sexista. Que grande marido – assumindo responsabilidade pelo extraordinário nado dela. Babaca!”

Diante da polêmica, o comentarista Dan Hicks divulgou a seguinte nota: “com transmissão ao vivo, frequentemente a gente olha para trás e gostaria de ter dito coisas de uma maneira diferente… É impossível contar a história de Katinka acuradamente sem deixar de dar crédito apropriado ao marido dela, e foi isso que eu estava querendo fazer”.
Katinka Hosszu não foi a única vítima do “sexismo olímpico” na mídia americana. No domingo (7), durante os 50 metros finais da nadadora norte-americana Katie Ledecky, vencedora (até o momento) de duas medalhas de ouro, o comentarista da rede NBC disse entusiasmado: “um monte de gente diz que ela nada como um homem”. Já em um tuíte mostrando um foto de Corey Cogdell, atleta americana que ganhou medalha de bronze no tiro, o jornal Chicago Tribune não a identificou por seu nome de batismo, mas sim por ser “a mulher” de um jogador de futebol que joga para um time da cidade de Chicago. Na segunda (8), o jornal pediu desculpas. “Ela (Corey) é incrível por si própria. Nós exageramos ao tentar enfatizar a conexão que a atleta tem com Chicago.”
Em entrevista à rede CBS, concorrente da NBC, a repórter Nancy Armour, que está no Rio de Janeiro cobrindo os Jogos Olímpicos para o jornal USA Today, disse: “Estamos em 2016, as mulheres conquistaram tanta coisa, tem uma mulher correndo à presidência (dos EUA) e ainda tudo o que escutamos é sobre o que os homens por trás delas vêm fazendo.”
Esta matéria foi vista antes aqui.
Assinar:
Postagens (Atom)