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segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Apresentada, Emily irá conversar com Tite e quer Marta no próximo ciclo

A CBF apresentou oficialmente Emily Lima como nova técnica da seleção brasileira feminina de futebol. A ex-treinadora do São José-SP assume o lugar de Vadão, que encerrou sua passagem pelo cargo na última terça-feira após pouco mais de dois meses no comando. A nova comandante já teve passagem pela seleção sub-17. A nova comandante afirmou que aposta em Marta e Cristiane por mais quatro anos e irá conversar com Formiga para que não se afaste da seleção brasileira. 
- Eu ainda acredito que a Marta consiga ficar nesse ciclo de quatro anos e a Cristiane também. A Formiga também apostaria, mas ela vai estar com 42 (tem 38 atualmente). Pelo que eu conheço dela. Há 20 anos conheci ela e ela continua jogando da mesma maneira. Vou conversar com ela. Eu apostaria que ainda podemos trabalhar juntas nesse ciclo. Acredito muito nessas meninas mais novas. Apostar na renovação, mas com cautela e calma - afirmou.
Anunciada como uma das 10 finalistas a melhor do mundo pela Fifa nesta quinta, Marta recebeu diversos elogios de sua nova treinadora, que destacou que ela será muito bem aproveitada no novo ciclo.
- Falar o que da Marta? Não tem o que falar. Cinco vezes melhor do mundo, uma atleta completa, onde nós nunca tivemos dentro do nosso país. Nós tivemos outras atletas que destacavam, mas eu vejo a Marta como uma atleta completa. A gente tem que aproveita-la muito bem aqui dentro da seleção dentro desse novo grupo de trabalho.
Ela comentou que já desejava ter um contato com o técnico da seleção masculina, Tite, e que agora esse momento ficará mais facilitado por estar trabalhando também na CBF.
- Uma das perguntas que fiz ao presidente é se eu poderia trocar ideias com Tite. Eu já havia pensando nisso quando ele estava trabalhando em clube. Gostaria de estagiar com ele, trocar ideias. Hoje mais próximo eu espero que isso aconteça, pois vai engrandecer muito meu trabalho. Admiro demais o Tite como pessoa e como profissional.
Emily ressaltou sobre o ineditismo de uma mulher comandando a seleção principal feminina. Ela assegurou que a questão não é ser mulher e sim ter capacidade para o cargo.
- Não acredito que o futebol mude com mulher ou sem mulher. A gente precisa estar capacitado. Vou ter uma relação diferente com as meninas. Já fui atleta e tive dificuldade de passar informações para meus treinadores e para mulheres técnicas tive mais facilidade e me senti mais tranquila e aberta para a troca de ideias. A única mudança seria fora do campo mesmo. Propus ainda uma coaching esportiva ao presidente e isso seria importante e ela seria mulher. Ajudaria no desenvolvimento do trabalho - afirmou Emily em coletiva.
Foto: Cíntia Barlem

Sobre esquemas táticos, a nova técnica deixou bem claro que a ofensividade será algo importante em seu time. Ela, no entanto, assegurou que não provoverá grandes mudanças e constantes, pois busca um modelo de jogo que só será assegurado com sequência.
- Eu venho para cá com uma missão de fazer tudo diferente do que vivi durante 25 anos no futebol. Vou trazer o melhor e mais moderno para a CBF. Vou pensar o modelo que vou utilizar porque no clube eu me adaptava ao que tinha. Vou procurar fazer um esquema ofensivo, com duas linhas de quatro. É melhor não inventar para termos um padrão. Modernizar ao máximo o que eu conseguir. Gosto do jogo apoiado, aproximação. Temos que nos atualizar. Busco informações do futebol da Europa que acho o mais moderno.
A seleção permanente ainda não tem prosseguimento garantido. Questionada sobre o assunto, ela afirmou que o assunto está sendo estudado, mas não é algo a ser decidido no atual momento.
- Nós estamos estudando muito sobre a seleção permanente. Esse é um assunto que vamos priorizar um pouco mais para frente. A seleção permanente vai ser nosso passo seguinte. 
O primeiro desafio de Emily será o Torneio Internacional de futebol feminino em Manaus, em dezembro. Inicialmente, Vadão seria o treinador até o encerramento do ano e comandaria o grupo na disputa. O presidente Marco Polo del Nero, no entanto, optou por já dar uma competição oficial para que a treinadora possa testar opções e encontrar o melhor formato para seu trabalho. O Brasil estreia dia 7 de dezembro diante da Costa Rica. Depois terá pela frente Rússia, dia 11 de dezembro, e Itália, dia 14.

Este post foi visto antes aqui. 

sexta-feira, 21 de outubro de 2016

Brasileiras se destacam na Champions League Feminina

Uefa Champions League de Futebol Feminino completou mais uma fase na quinta-feira (13) e as brasileiras foram decisivas para a classificação de suas equipes. Nos dois dias dos jogos de volta dos 16 avos de final, três jogadoras da Seleção reverteram desvantagens no placar e levaram seus clubes para as oitavas de final.

A primeira a se destacar foi Andressa Alves, que garantiu mais uma vitória do Barcelona. No jogo de ida, o clube espanhol havia vencido por 3 a 0 o Minsk e, na volta, ia empatando por 1 a 1, até que a brasileira apareceu e marcou o gol da virada, seu primeiro com a camisa do Barça.

O FC Rosengård, time da Marta, não saiu do 0 a 0 contra o Breidablik Kopavogur. A equipe garantiu a classificação graças a vitória por 1 a 0 no primeiro confronto.

Tamires, lateral esquerda da Seleção, deu ao Fortuna, da Dinamarca, sua vaga nas oitavas de final. Diante do Athletic Bilbao, a equipe dinamarquesa conseguiu repetir o placar do primeiro jogo e venceu por 2 a 1. A brasileira não desistiu e, segundo tempo da prorrogação, marcou o gol da classificação.

Foto: Teampics/PSG


Quem se destacou mais foi Cristiane, que reverteu a vantagem do LSK Kvinner e, com um hat-trick, ajudou na vitória por 4 a 1 de sua equipe em casa. A atacante marcou três golaços e foi importantíssima para o PSG.

Confira todos os resultados da fase 16 avos de final:

12 Outubro 2016

Zvezda 2005 0-4 Manchester City (classificado)

Jogo de ida: 0-2

FC Barcelona (classificado) 2-1 ZFK Minsk

Jogo de ida: 3-0

FC Bayern München (classificado) 4-1 Hibernian

Jogo de ida: 6-0

VfL Wolfsburg (classificado) 1-1 Chelsea LFC

Jogo de ida: 3-0

Sparta Praha 1-3 FC Twente '65 (classificado)

Jogo de ida: 0-2

Brøndby IF (classificado) 2-2 SKN St.Pölten Frauen

Jogo de ida: 2-0

SK Slavia Praha (classificado) 3-2 Apollon Ladies FC

Jogo de ida: 1-1

Fortuna Hjørring (classificado na prorrogação) 3-1 Athletic Club

Jogo de ida: 1-2 Fortuna vence no prolongamento

FC Zürich Frauen (classificado) 3-0 SK Sturm Graz Damen

Jogo de ida: 6-0

FC Rosengård (classificado) 0-0 Breidablik

Jogo de ida: 1-0

Verona 1-1 BIIK-Kazygurt (classificado)

Jogo de ida: 1-3

Olympique Lyonnais (classificado) 5-0

segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Vadão convoca Seleção Feminina para amistoso

O técnico da Seleção Feminina, Vadão, convocou 20 jogadoras para a disputa do amistoso contra a França, no próximo dia 16 de setembro, em Grenoble. 
Foto: Ricardo Stuckert/ CBF

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domingo, 26 de julho de 2015

Descemos do salto e vestimos as chuteiras. Brasil é ouro no futebol feminino do Pan

Bárbara, Fabiana, Érika,  Rafaelle, Thaisa, Tamires, Formiga, Andressa Alves, Poliana, Andressa, Maurine,  Raquel, Gabriella e Cristiane.



Equipe medalha de ouro no futebol feminino dos Jogos Pan-Americanos 2015.

Para lavar a alma após a triste saída da Copa do Mundo, a seleção brasileira de futebol feminino chegou ao lugar mais alto do pódio. Aliás, medalhas em pan-americanos tem sido um hábito para a categoria, que sempre leva uma para casa quando disputa o torneio – três de ouro e uma de prata.

"Essa medalha serve para coroar o trabalho já que saímos do Mundial de um jeito que não queríamos. Nada melhor do que dá a resposta para quem nos criticou. Não sabem a metade do duro que nós demos para estar aqui", disse a capitã Formiga, em entrevista ao UOL Esporte.

Uma lição de garra, determinação e dedicação para marmanjo nenhum botar defeito.

Conquista do ouro

Alguns podem dizer que futebol feminino é mais fácil, que existe mais espaço e que as goleiras nem são tão alta – Sandra Sepulveda, da Colômbia, tem 1,65 m -, mas não esqueçam que é assim do lado de lá, mas é assim do lado de cá também.

A estrutura física, as condições de treinamento – quando há treinamento – o apoio e o preconceito são fatores determinantes para o desenvolvimento das equipes. E isso acontece no masculino também, já que se o garoto sabe fazer um ou dois dribles, não se dedica nos treinos e é vendido para um clube lá fora, ele não lapida todo o seu potencial.

Na fase de grupos, foram 12 gols marcados e, apenas, um sofrido. Vitória, na estreia, sobre a Costa Rica por 3 a 0, goleada digna de Copa do Mundo em cima do Equador, 7 a 1 e outro resultado favorável em cima das anfitriãs: Canadá 0 x 2 Brasil.

As semifinais reservaram um jogo duro: o Brasil enfrentaria as mexicanas.

Em jogos disputado em Hamilton, nada de surpresas, as brasileiras fizeram uma placar de 4 a 2 e iriam disputar a final, pela quarta vez consecutiva.

Diante da Colômbia, que passou pelo Canadá, o Brasil não encontrou dificuldades e fez uma placar elástico: 4 a 0, com direito a gol da polivalente Formiga, golaço-aço-aço olímpico de Maurine, gol coletivo de Andressa Alves e um chutaço indefensável de Fabiana.


Festa do técnico Vadão e de toda a comissão técnica que acreditaram no potencial dessas meninas e, principalmente, no futebol feminino.

Ah, vale destacar que este título foi conquistado sem a presença de Marta. A camisa 10 precisou se reapresentar ao Rosengard (SUE) após a Copa do Mundo feminina e foi substituída por Raquel.


Que este ouro traga mais incentivo da CBF e dos clubes à categoria e que ajude a minar o preconceito que suja e atrapalha o desenvolvimento do futebol feminino no Brasil. E quem sabe, as Olimpíadas do Rio sejam a cereja no bolo que falta para coroar nossas guerreiras.