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terça-feira, 10 de julho de 2012

O Brasil não pode virar Qatar

Por Luís Carlos Quartarollo 

O Brasil sempre foi um país revelador de jogadores.

Antigamente só comprava bons jogadores uruguaios, argentinos e chilenos.

Paraguaios não eram muitos. Aconteceu mais na última década com Arce, Gamarra e outros menos votados.

Alguns defendem que da América do Sul se deve contratar apenas uruguaios e argentinos.

De outros países só gênios confirmados, o que é impossível definir a primeira vista.

Quem dispensaria um Elias Figueroa? Quem dispensaria um Gamarra?

Dois jogadores muito acima da média que não entram no primeiro quesito de nacionalidade, mas na verdade são mesmo exceções.

Agora o futebol brasileiro tem dinheiro na conta. Os clubes continuam na sua maioria mal administrados e endividados, mas o dinheiro está entrando muito mais que antes e as contas se equilibram no final.

Há clubes que têm um grande passivo, mas têm também muito a receber agora da TV e da publicidade.

Até poucos anos o Eldorado era o Qatar ou seus vizinhos árabes, agora o Brasil também entrou na mira de jogadores veteranos que querem um último grande contrato.

Começou com Ronaldo dispensado pela Europa onde não tinha mais espaço para jogar e ajudou o Corinthians a alavancar a sua conta e se organizar.

Outros vieram como Ronaldinho Gaúcho que deixou o Flamengo louco e tenta provar no Atlético Mineiro que ainda pode dar um caldo.

O Internacional traz Diego Forlan que não tinha mais espaço na Europa, não pelo menos em times de ponta.

Aliás, com todo respeito, Forlan foi sucesso em time médio como o Atlético de Madrid. Na Inter de Milão fracassou rotundamente.

Outro que chegou depois de exaurido até o fim na carreira européia é Seedorf.

Chega com ares de novo ídolo do Botafogo depois de ter participado pouco da campanha do Milan na última temporada. Não tem fôlego para jogar no calendário brasileiro.

Não poderá ser utilizado em todas as partidas.

Agora fala-se em Riquelme, 33 anos de idade, no Palmeiras também por contrato exorbitante.

Todos vêm ganhando muito alto mesmo para o novo rico padrão brasileiro.

É preciso tomar cuidado. Talvez este dinheiro bem gasto com a base dê muito mais retorno no futuro do que ficar apostando num bando de aposentados que só jogarão mais um tempinho e depois dirão adeus Brasil.

O Brasil não é o Qatar. Ainda.

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Palmeiras precisa de calma

Por Quartarollo

Foram mais de 20 jogos de invencibilidade. Bastou uma derrota no clássico contra o Corinthians para se falar em crise.

Esse é o Palmeiras que pena mais com as fofocas do que com o resto há mais de uma década.

Perder um clássico não pode mexer tanto assim com time algum. E nem era decisão.

Reconhecidamente o Palmeiras deste ano é melhor que o do ano passado.

A vida estava mais calma e é isso que o clube tem que ter.

Muita calma nesta hora. Se não ganhar o Paulista, tudo bem.

Foca a Copa do Brasil que leva para a Libertadores e depois tem um longo Campeonato Brasileiro pela frente.

Não dá para inventar ou viver uma crise a cada derrota.

Dá um tempo. Além disso, o clube deu muito azar com contusões graves de jogadores que poderiam estar ajudando muito agora.

Essa última de Wesley foi de doer em todos. Mas fazer o quê?

Acontece, bola pra frente.

Eu não pagaria tudo o que Palmeiras pagou por Wesley, mas não dá para criticar a diretoria por contrata-lo.

Era um jogador pedido pelo treinador e que poderia somar algo ao meio-campo alvi-verde.

Calma, Palmeiras. Calma, palmeirense. O ano ainda está começando.

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Para pensar no feriadão

Por Luís Carlos Quartarollo 

“Que país é este que junta milhões de pessoas numa marcha gay,
outros milhões numa marcha evangélica,
muitas centenas numa marcha a favor da maconha,
mas que não se mobiliza contra a corrupção?”

(Frase de Juan Arias, correspondente no Brasil do jornal espanhol El País, no dia 7 de agosto de 2011)

Alguns poucos brasileiros, com ou sem razão, protestaram contra o correspondente espanhol, mas a maioria não tomou conhecimento. É bom tomar conhecimento e pensar no assunto.

“Por que a gente se mobiliza por algumas coisas e não por outras muito mais importantes e que decidem nosso futuro todos os dias?”

Aproveite a sexta-feira da Paixão para refletir um pouco também sobre isso.

Afinal, não é todo dia que alguém morre pelos pecados ou omissão dos outros.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Nasce um ídolo: Marcos Assunção

Marcos Assunção
Por Luís Carlos Quartarollo 

Marcos Assunção não se acha ídolo. Só quando ganhar um Campeonato pelo Palmeiras é que começará a pensar no assunto.

Foi assim que ele definiu a situação quando lhe observaram que toda a torcida o aplaudiu quando foi substituído sábado no Pacaembu na vitória por 3 x 0 sobre o fraco Ituano.

E talvez seja isso que chame Assunção para a realidade.

Ele foi um ótimo jogador também contra o Santos que é bem mais forte e não precisa provar mais nada a ninguém do alto do seu profissionalismo aos 36 anos de idade.

Mas sabe que os jogos do Paulista podem enganar muita gente.

Os adversários são frágeis e podem facilitar para um time um pouco mais forte como o seu Palmeiras.

O volante agradece os elogios, mas está com os pés no chão. Ele sabe do que está falando.

No ano passado foi execrado por parte da torcida mesmo sendo o responsável pela maior parte dos gols do Palmeiras.

A vida do boleiro é assim. Do céu ao inferno em pouco tempo. Cautela não custa nada principalmente quando se está ganhando.

Hoje Assunção teve participação efetiva na maioria das jogadas alvi-verdes.

O primeiro gol não teve sua participação, mas o segundo, o primeiro do argentino Barcos com a camisa esmeraldina, teve a cobrança de falta sempre milimétrica para o companheiro se aproveitar e o terceiro foi mais uma vez uma bola parada na cabeça de Artur que em dois jogos fez dois gols muito parecidos pelo Palmeiras.

Luiz Felipe Scolari já acredita que um outro Marcos hoje seja o novo ídolo do Palmeiras.

É ele Marcos Assunção pelo que faz neste ano e pelo que fez no ano passado, decretou o técnico palmeirense apesar da discordância do próprio jogador.

Eu concordo mais com Felipão do que com Assunção. Mas entendo a precaução do volante.

Hoje índubitavelmente Marcos Assunção é o melhor jogador do Palmeiras e um dos melhores do país.

Como batedor de falta é um dos melhores que eu vi. E além disso bate os escanteios com muita eficiência. Tem liderança e ascendência sobre os mais jovens.

Não é à toa que o torcedor gosta dele. Começou 2012 em alta e hoje é o líder provisório do Campeonato Paulista com o seu Palmeiras.

Para um time que terminou o ano sob desconfiança não é pouca coisa.

Não é à toa também que o outro Marcos, o São Marcos, ídolo já projetado eternamente no Palmeiras, dizia na época que ameaçaram não renovar o contrato de Assunção: “Pelo amor de Deus, se o Assunção não renovar o Palmeiras fica uns seis meses sem fazer um gol

Era exagero do Marcão, é claro, mas que ia marcar menos gols eu não tenho nenhuma dúvida

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Deco no Corinthians?

Deco
Por Quartarollo

É o que se comenta nos bastidores. Deco já teria acertado contrato com o Corinthians para 2012 para voltar às suas origens na capital paulista.

Foi no Corinthians que começou antes de ganhar o mundo e passar com sucesso principalmente pelo Porto, de Portugal, Seleção Portuguesa e Barcelona, da Espanha.

Atualmente no Fluminense, a informação diz que o jogador conversou e acertou com Andrés Sanchez.

O Corinthians já está qualificado para a Copa Libertadores-2012 e está prestes a ser campeão brasileiro.

Começa a pensar no elenco do ano que vem embora ainda faltem duas rodadas para o Campeonato acabar.

Deco é um jogador que agrada o técnico Tite, que também deve permanecer em 2012.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Teixeira e Sanchez e o mundo fecal do futebol brasileiro. Estamos bem?


Por Quartarollo

Um diz que não está nem aí com as denúncias e que está “fazendo um montão” pra tudo isso e o outro diz para os seus conselheiros que não vê a hora de largar “essa merda” se referindo ao mandato de presidente do Corinthians prestes a se encerrar.

Estamos bem, não? É de dirigentes assim que precisamos. Que Deus nos ajude, isso sim.

Não sei se Andrés fala assim por descaso, por cansaço, por despeito ou porque se arrependeu de ter mudado o Estatuto do Corinthians não permitindo reeleição no clube.

Foi a chamada cláusula anti-Duabli, presidente que se eternizou no poder e transformou o Corinthians num time de segunda divisão.

Eu achei a medida salutar e exemplar para o futebol brasileiro, mas também aceitaria que houvesse pelo menos uma reeleição.

Acho justo. Se a administração está bem, não há porque não deixar o presidente trabalhar em mais uma gestão.

O que não pode é virar dono e tomar conta da cadeira eternamente.

Agora quando está perto de deixar o cargo, promete sair em 15 de dezembro, Andrés tentou mexer no Estatuto de novo e teve o repúdio dos homens do Conselho e é claro, da oposição, hoje pequena, mas atuante no Parque São Jorge.

Andrés deixará ótimo legado para a história do Corinthians. Foi um bom presidente e assumiu numa hora das mais difíceis.

Conseguiu equalizar dívidas altas (aquela do Nilmar foi um roubo e um rombo que a administração anterior deixou na conta do clube), pagou jogadores e técnicos que estavam pendurados na justiça há muito tempo, montou um time que foi campeão da Série B, voltou à Série A, contratou o técnico que hoje está na Seleção, ousou na contratação e no marketing com Ronaldo, montou um time melhor para a Série A e está próximo de ser campeão brasileiro, fez um Centro de Treinamento dos mais modernos e ainda deixará um Estádio em construção com custo zero para o Corinthians e aumentou a rivalidade com o São Paulo, então o melhor time do país quando assumiu, e ganhou a queda de braço com a “raposa” Juvenal Juvêncio tirando o Morumbi da Copa.

É de longe o presidente mais realizador da história do Corinthians.

Com ele o clube saiu das alamedas do Tatuapé e botou a cabeça no mundo.

Mesmo assim tem seus rompantes de torcedor e às vezes com razão, outras sem nenhuma razão, se sente muito perseguido por correligionários, imprensa e até gente do futebol mesmo.

De vez em quando baixa o Andrés torcedor de novo e é quando dá grandes e polêmicas declarações.

Aprendeu depressa o ofício e parece ter gostado do poder. Não sairá do futebol tão cedo e talvez mais à frente o caminho seja a política.

Filiado ao PT, já se falou que poderia concorrer a cargos na cidade de São Paulo e como pensa grande, a Prefeitura da cidade estaria bem para começar.

Se conseguisse agitar a cidade como agitou os últimos anos do Corinthians não seria tão ruim assim.

Ele pode virar também uma espécie de fiscalizador oficial do Corinthians nas obras do Itaquerão, afinal foi Andrés que conseguiu convencer o corintiano Lula que ali era o melhor local e o melhor estádio para a abertura da Copa aproveitando bem a intenção da Fifa que gosta de estádios novos para o seu evento, desde que a dívida não seja dela.

O sonho futuro, se não for no caminho da política pura, seria a presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

Ricardo Teixeira fica até 2015 por uma lei fantasiosa que existe no Brasil que mantém no cargo todo dirigente esportivo de Confederação e Federação até depois da Copa-2014.

Teixeira se aproveitou disso para ficar no poder mais um tempinho e aqui em São Paulo, Marco Polo Del Nero foi no mesmo embalo.

Não sei como nenhum dirigente de clube ainda não pediu a extensão do seu mandato como um apêndice dessa excrescência chamada de lei.

Quem sabe algum juiz de primeira instância dá uma liminarzinha e até ela ser julgada a Copa já acabou, quem sabe?

Acho que eu não deveria ter dado a idéia, mas agora já foi.

O que se comenta nos bastidores é que Andrés se enfraquecerá como dirigente esportivo assim que deixar o cargo de presidente do Corinthians.

Não há político forte sem cargo. Virá outro no lugar e esse terá mais espaço, mesmo que não tenha a mesma competência.

Assim tem sido a história. Talvez por isso que Andrés queira continuar nos holofotes em algum cargo que lhe dê alguma visibilidade.

Apesar da sua conversa “fecal”, igual a de Teixeira, ele deixa um legado melhor que o do presidente da CBF.

Se for para a CBF vai ter que limpar o “montão” que o outro fez, mas continuará na mesma “merda”

É, parece que o futebol brasileiro continuará se chafurdando cada vez mais. Haja desinfetante e papel higiênico.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Time de Conca oferece 12 milhões de euros por ano para Scolari

Por Quartarollo

Semana passada representantes do Guangzhou Evergrande, da China, chegaram com a sacola cheia para fazer contratações no futebol brasileiro.

Segundo o narrador Jovem Pan, Rogério Assis, conversaram com Luiz Felipe Scolari e para começar a conversa jogaram na mesa a “pequena” proposta de 12 milhões de euros por temporada.

O contrato seria de pelo menos três anos no futebol chinês.

Scolari respondeu que tinha um problema a resolver no Palmeiras e que responderia depois.

O problema se chamava Kléber. A diretoria queria que o atacante fosse reintegrado e Felipão acabou ganhando a queda de braço, fez valer a hierarquia e o jogador está na praça esperando negociação. Não jogará mais com Felipão.

Os chineses chegaram a dar uma folha em branco para Felipão botar no papel quanto gostaria de ganhar. Pelo que se sabe, o técnico não usou dessa prerrogativa, ficou só na convera mesmo, mas ele já sabe que há o interesse e muita bala na agulha.

A maneira de contratar foi a mesma que deu certo com o argentino Dario Conca, que deixou o Fluminense por um punhado de dinheiro do mesmo time.

Também naquela ocasião jogaram um papel em branco na frente do jogador e disseram: “Bota aí quanto você quer”, ele botou e os chineses estão pagando hoje o terceiro maior salário do mundo para Dario Conca.

São 2 milhões de reais por mês, 60 milhões em 30 meses de contrato.

Os chineses tem interesse em pelo menos mais dois personagens na América do Sul. Um uruguaio e um argentino.

Tentarão Loco Abreu, do Botafogo, ou alguém lá mesmo do Uruguai, e na Argentina falou-se até em Carlito Tevez, brigado com o Manchester City, da Inglaterra.

Dinheiro para gastar o Guangzhou Evergrande tem. Esse não é o problema e já aprenderam que na América do Sul os melhores mercados são o brasileiro, o argentino e o uruguaio. Os demais nem tanto.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Advogado ganha comissão por apresentar conselheiro palmeirense ao próprio Palmeiras

Valdívia
Por Quartarollo

A contratação de Valdivia é algo que merece uma CPI para não dizer uma investigação da Interpol.

É a contratação mais cara do Palmeiras em todos os tempos e quanto ao custo benefício se torna a mais cara do futebol mundial. Poucas custaram tanto como a do chileno.

Não bastassem os exorbitantes números frios ainda há pagamentos de comissão que não acabam nunca. Até o pai do jogador ganhou comissão.

Agora o repórter Fred Júnior revelou, e tem o contrato para provar, que um escritório de advocacia que tem como sócio o doutor Luiz Roberto Martins Castro, que já defendeu o Palmeiras nos Tribunais esportivos, ganhou comissão de 220 mil euros só pelo fato de ter apresentado à Sociedade Esportiva Palmeiras para ajudar na contratação de Valdivia nada mais nada menos que Osório Furlan Júnior.

Pasmem, Osório Furlan é sócio-conselheiro do Palmeiras e figura carimbada no Palestra Itália, dispensa apresentações.

Furlan é o conselheiro que se gaba de ter ajudado o clube a recontratar Valdivia e deu do seu bolso cerca de 2 milhões e 200 mil de euros para ficar com 36% dos direitos econômicos do jogador.

Sobre esse valor, o advogado ficou com 10% porque apresentou Osório ao clube ao qual ele é sócio-conselheiro. Que negócio bom, não?

Cá entre nós, será que Osório precisava de apresentação? Será que ninguém da antiga diretoria o conhecia no clube?

terça-feira, 4 de outubro de 2011

E agora, Andrés? O quê não é imoral, é ilegal?

Andrés Sanchez
Por Quatarollo

Andrés Sanchez divulgou nota oficial dizendo que não disse à Revista Época, nas bancas desde o último sábado, que o estádio do Corinthians custaria mais de 1 bilhão, isso mesmo, você leu certo, 1 bilhão de reais embora orçado em cerca de 780 milhões para o clube.

A nota desmentiu a revista. Mas a Época gravou a entrevista e hoje disponibilizou no seu site a voz de Andrés Sanchez confirmando a matéria e desmentindo o presidente do Corinthians.

A parte que me chamou à atenção foi aquela que Sanchez diz que Lula vai ter que se explicar e acrescenta que pode não ser imoral, talvez se referindo a participação decisiva do presidente do Brasil na ocasião na negociação do Itaquerão.

Se não é imoral, é o quê? Por acaso é ilegal? Eu sempre ouvi a frase de forma diferente: “É legal, mas imoral”, mas talvez Andres tenha se confundido como já confundiu outro adágio há poucos dias ao dizer que “um jogador só não faz andorinha” se referindo ao futuro de Adriano no Corinthians.

Que assim seja, seria moralmente melhor, mas que é estranho é e muito.

Ouça o trecho da entrevista em que Andrés Sanchez, presidente do Corinthians, diz o que a Revista publicou e que foi desmentido por ele horas depois.

O link é esse logo abaixo:


sábado, 24 de setembro de 2011

Jonas diz que o Santos tem time para vencer o Barcelona


Jonas
Por Quartarollo


Conversei com o atacante Jonas, do Valência da Espanha, convocado novamente para a Seleção Brasileira visando os jogos contra Costa Rica e México em outubro.

Ele é titular do time que lidera o Campeonato Espanhol, mas não se ilude.

Sabe que o Barcelona é o melhor time do mundo e por conseguinte o grande favorito para vencer de novo o Espanhol, sem falar no Real Madrid que tem dinheiro e jogadores suficientes para se engrenar novamente.

O Valência luta para ser a terceira força da Espanha e confirmar presença na Liga dos Campeões da próxima temporada, o que significa mais dinheiro e até maior poder de barganha no acerto com a televisão.

Na verdade pedi essa entrevista no começo da semana quando Jonas ainda não tinha sido convocado por Mano Menezes.

Eu queria falar depois do jogo com o Barcelona que aconteceu na última quarta-feira e acabou empatado em 2 x 2.

O Valência esteve a frente do marcador duas vezes, tomou o empate e quando estava 2 x 1 o atacante Soldado perdeu um gol incrível que seria o 3 x 1 e aí aumentariam as dificuldades do Barça.

De qualquer maneira, o resultado foi considerado bom para o Valência que não perde para os catalães em casa há muito tempo.

Eu queria saber de Jonas como é estar dentro do campo contra o temível Barcelona.

Afinal só se fala no suposto encontro Barcelona x Santos no Mundial do Japão, em dezembro.

Jonas disse que o principal ponto para encurtar os espaços e o toque de bola do Barcelona, foi marcar sob pressão.

Quando um jogador catalão tinha a bola, alguém tinha estar do seu lado.

Isso é impossível, como reconheceu Jonas, fazer durante 90 minutos, mas deu resultados em vários momentos.

Outro detalhe foi a escalação de dois laterais-esquerdos. Um na frente do outro justamente para marcar as subidas de Daniel Alves e também para se aproveitar do seu costado.

Foi por ali que o Valência fez os dois gols e também saiu a jogada do gol perdido e mais feito da partida.

Ainda não foi desta vez que o técnico Guardiola pôde escalar a dupla de zaga titular.

Puyol jogou, mas Piqué ficou de fora ainda contundido.

Jonas reconheceu a força do Barcelona, mas disse que além desses detalhes, outra coisa importante foi a coragem da equipe e do treinador.

“Nós marcamos pressão e não tivemos medo de jogar contra eles. Podíamos ter ganho, mas no segundo tempo tivemos um lateral expulso e aí sobrou mais espaço para eles. Mesmo fazendo tudo certo, foi muito difícil. Nos últimos quinze minutos só deixaram dois ou três jogadores atrás e os demais vieram pra cima da gente. Não foi fácil segurar”

E o Santos tem time para ganhar desse Barcelona?

“Ninguém discute a qualidade do Barcelona, mas o Santos pode ganhar sim. Tem Neymar em grande fase, tem outros jogadores de muita qualidade também e aqui na Espanha só se fala desse jogo que todo mundo espera que aconteça no fim do ano. Talvez por tanto se comentar que Neymar está sendo disputado pelos dois grandes daqui, o interesse tenha aumentado ainda mais, mas o Santos tem todas as condições de ganhar do Barcelona e eu vou torcer pelo Santos. Seria bom um clube brasileiro campeão do Mundo novamente”

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Quanto mais atrasar, mais fácil desviar

Por Luís Carlos Quartarollo

Exatamente hoje estamos a mil dias da Copa do Mundo-2014 que começará no dia 12 de junho daquele ano, que será uma quinta-feira.

Normalmente a Copa começa numa sexta-feira, pelo menos tem sido assim nos últimos anos, mas dizem que a Fifa a pedido de alguém aqui do Brasil antecipou em um dia a abertura da Copa para não cair na sexta-feira 13. Faz sentido.

São Paulo, Belo Horizonte e Brasília sonham com a abertura da Copa.

Hoje a presidente Dilma Rousseff estará nas solenidades do Mineirão ao lado de Pelé, que foi convidado para eventos aqui em São Paulo, mas vai acompanhar o staff presidencial.

Seria um sinal a favor do Mineirão agora que o corintiano Lula não é mais presidente? Não sei.

Nas doze sedes há obras para novos estádios. Há muita obra convivendo com a dupla atraso-greve de operários.

Alguns estádios só servirão para três ou quatro jogos e depois terão com certeza falta de público para lotá-los, pois não têm equipes na Série A e os Campeonatos locais são muito fracos.

Há vários exemplos disso.

O Mané Garrincha, em Brasília, para 71 mil lugares ao custo de 702 milhões.

A Arena da Amazônia ao custo de 499 milhões para 44 mil pagantes.

O Estádio Castelão, em Fortaleza, para 66 mil pessoas ao custo de 474 milhões.

A Arena Pantanal para 43 mil espectadores ao custo de 440 milhões de reais e a Arena das Dunas, em Natal, para 45 mil torcecores ao custo de 400 milhões de reais.

São estádios que lotarão apenas no mês da Copa e depois ficam obsoletos, para não dizer Elefantes Brancos, mas que serão construídos por imposição da Fifa, talvez a maior construtora de estádios do Mundo na atualidade.

Não são os casos do Itaquerão, do Maracanã, do Mineirão, da Arena da Baixada, da Arena Pernambuco, da Fonte Nova e do Beira Rio.

Esses estádios estão em estados onde o futebol é mais desenvolvido e os clubes participam do Campeonato Brasileiro, dos Regionais mais fortes e também de competições internacionais.

Alguns podem se tornar elefante FURTA-COR, mas elefente branco, jamais.

O custo mais barato para os estádios é o da Arena da Baixada com 180 milhões de reais “apenas”.

O Beira Rio, se comparado com os demais, também não é tão caro.

Está orçado em “apenas” 290 milhões de reais.

O Atlético Paranaense e o Internacional, donos respectivamente da Arena da Baixada e Beira Rio, chegaram a cogitar reformar os estádios com dinheiro próprio ou de parceiros privados, mas foram “aconselhados”, quase que ”obrigados” a fazer financiamento via BNDES. Por que será?

O orçamento mais caro é o do Maracanã com cerca de 860 milhões de reais, lembrando que o estádio passou por reformas recentemente com preços exorbitantes para os Jogos Pan-Americanos em 2007.

O segundo maior orçamento é o estádio do Corinthians, em Itaquera, São Paulo, ao preço de 820 milhões de reais.

Só em estádios nessa primeira previsão o país gastará cerca de 6 bilhões e 159 milhões aproximadamente, mas os zeros à direita devem crescer com o passar do tempo.

Ainda falta contabilizar as obras nos entornos dos estádios, os metrôs e as vias que levam até os jogos e ainda questões de segurança, aeroportos e saúde com a construção ou reforma de hospitais.

Há cidades que não têm rede hoteleira e nem hospitais suficientes para receber a Copa.

O problema é construir hotéis em cidades que não têm essa necesidade.

O que fazer com os quartos depois da Copa?

São gastos desnecessários só para um mês de evento.

Deve se levar em consideração também que a cada fase da Copa há um esvaziamento natural para mutos torcedores-turistas e só as grandes capitais é que podem sonhar em viver intensamente a competição do começo ao fim.

Em algumas regiões só haverá jogos na primeira, segunda e no máximo na terceira fase.

Depois disso é acompanhar de longe e voltar a vida normal com as supostas dívidas que sobrarão dos investimentos copeiros.

A África do Sul que o diga. Deve hoje 8 bilhões de dólares por conta da Copa e não aumentou muito o seu turismo por causa disso.

Por outro lado, há uma política de incentivos fiscais à obras atrasadas para que não compliquem o cronograma para a Copa.

São casos em que a licitação será jogada fora em nome da urgência da Copa, um ralo por onde escoa muito dinheiro, como já aconteceu no Pan-Americano do Rio que custou 10 vezes mais do que o previsto.

É o chamado incentivo ao atraso. Quanto mais atrasar, mais fácil desviar.

O prazo de mil dias para a Copa parece longo, mas não é.

Para uma Copa do Mundo o calendário é galopante.

Já é para amanhã bem de manhã, portanto é preciso pressa para compensar o atraso de vários anos.

E esse é mais um perigo para as contas públicas.

Boa sorte, Brasil.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

A pressa atrapalhou a volta de Luís Fabiano

Por Luís Carlos Quartarollo

Luís Fabiano ainda não conseguiu reestrear no São Paulo Futebol Clube.

Veio recontratado, apresentado com festa, teve estréia anunciada e adiada e logo após passou por cirurgia.

Talvez possa reaparecer com a camisa 9 do tricolor no próximo dia 21 de setembro contra o Corinthians, no Morumbi.

Hoje ouvi de uma fonte fidedigna que a recuperação de Fabiano foi apressada pelo marketing.

No afã de fazê-lo estrear o trabalho foi atropelado.

Os pontos da cirurgia abriram, pelo menos três deles, e numa linguagem simples, de leigo, foi preciso fazer uma plástica no local já que a abertura não se fechava nem com reza bravo.

Ouvi a seguinte expressão: “Se fosse um pedreiro já estaria totalmente recuperado. Era só deixa-lo em casa descansando que os pontos se fechariam normalmente e já estaria pronto para jogar, mas forçaram a fisioterapia para antecipar a estréia e deu no que deu”

O marketing sãopaulino tinha muita pressa de coloca-lo em campo. Acabou prejudicando o jogador.

É, meu velho e sábio pai lá na minha Piracicaba sempre diz: “A pressa é inimiga da perfeição”

E eu completaria: “Às vezes é amiga da ganância e se da burrice”