sexta-feira, 3 de junho de 2011

A inventora do futebol feminino brasileiro


Conheces Sissi?


Por Futebol Feminino em Portugal

O auge do futebol feminino brasileiro pode ter vindo apenas nos últimos anos, sob a batuta talentosíssima de Marta, mas todo o sucesso está construído sobre uma base sólida formada pela geração anterior; uma anterior que também tinha sua líder vestindo a camisa 10 com maestria: Sisleide Lima do Amor, muito mais conhecida como Sissi.

Sissi começou cedo a derrubar preconceitos e se misturar com os garotos para jogar bola na rua.  
“Qualquer coisa servia de bola improvisada: laranja, meia enrolada, até a cabeça das bonecas, que eu arrancava para poder jogar futebol”, conta a talentosa meio-campista, que com apenas 14 anos saiu de casa para morar no alojamento de uma equipe profissional.

A decisão se mostrou mais do que acertada. Ao longo de mais de 25 anos, Sissi não faria outra coisa de sua vida a não ser jogar futebol. Mais do que isso: a conduzir o Brasil da condição de incógnito no cenário feminino para ser um dos destaques de qualquer grande torneio. Um exemplo claro disso é a Copa do Mundo Feminina da FIFA Estados Unidos 1999, em que foi a grande líder da Seleção que terminou em 3º lugar e ainda arrebatou a Chuteira de Ouro adidas como artilheira da competição, título que dividiu com a chinesa Sun Wen. Nos Jogos Olímpicos de Sydney, veio a confirmação do grande resultado, com mais uma vaga nas semifinais – mas, naquela ocasião, a medalha escapou com uma derrota por 2 a 0 para a Alemanha na disputa do bronze.

Mas, mais ainda do que apenas conquistar resultados, o que Sissi fez foi ajudar a plantar a semente da geração que estava por vir, e que desembocaria nas campanhas das medalhas de prata nos Jogos Olímpicos de Atenas 2004 e de Pequim 2008 e também na segunda colocação da Copa do Mundo Feminina da FIFA China 2007. “Claramente, a Sissi foi uma inspiração tremenda para muitas das garotas brasileiras”, admitiu René Simões, técnico da Seleção em Atenas.

Depois de três Copas do Mundo Femininas (1991, 95 e 99) e duas Olimpíadas (96 e 2000), Sissi não deu seu ciclo por encerrado: em 2001 foi aos Estados Unidos e lá se revezou entre a habitual condição de craque do meio-campo com a de integrante da comissão técnica das equipes de base dos clubes por que passou. Chegou ainda a entrar em campo em 2009, aos 42 anos, pelo FC Gold Pride, onde depois se tornou assistente técnica. “O futebol me deu tanto que espero poder devolver algo. Não consigo ficar longe deste esporte.”

Nota do blog: Assim como a Sissi, outras jogadoras também contribuiriam para a disseminação futebol feminino no Brasil e com isso sofreram com o preconceito e com o descaso.  Para todas as jogadoras que deram o ponta pé inicial contra o machismo predominante, a minha eterna admiração e respeito.  (Pretinha, Michael Jackson, Formiga e Kátia Cilene).

4 comentários:

  1. Todas as atletas citadas acima, fizeram parte da portentosa equipe do C.R.Vasco da Gama, juntando-se anda a goleira Mag. Nos anos 90, Vasco x Saad era o grande clássico da categoria.
    Outra coisa que é ignorada pela mídia, é que a jogadora Marta teve sua carreira iniciada também nos ares da Colina História.

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  2. Sissi guerreira,mas ainda acho que ela deveria cuidar mais do visual.Esse estilo parecendo homen nao estimula ou encoraja nenhuma garota de tentar o futebol.

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  3. Olá a todos do Blog. Ótima postagem Ana Sheila.

    Estou fazendo uma campanha para que a Sissi se torne a Técnica da Seleção Brasileira, e essa postagem vai me ajudar muito (alguns ainda não conhecem a história da Sissi na Seleção).

    Campanha Sissi (maior craque com a camisa 10 da seleção antes da Marta) TÉCNICA DA SELEÇÃO FEMININA em Lodres 2012 até Rio 2016.
    Quem concordar, envie uma mensagem pro twitter da CBF ( @CBF_Futebol ) pendindo isso:

    @CBF_Futebol #SissiTécnicaDaSeleção #DeFutebolFeminino.

    É só copiar isso no twitter e twittar pra CBF. Não nos custa nada tentar, rs'.

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  4. Este comentário foi removido pelo autor.

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