No Brasil, o futebol feminino evoluiu nos últimos anos.
Dentro dos gramados, as jogadoras aprimoraram sua técnica, seus passes, seus dribles, posicionamento em campo, entre outras coisas e o preconceito, aos poucos, vai perdendo força para a admiração.
No entanto, aqueles que mais deveriam se preocupar com a modalidade parece não se importar com suas dificuldades, seu planejamento e suas competições.
Alguns clubes são obrigados a acabar com a categoria, pois não existem campeonatos bem organizados ou torneios regulares. Jogadoras acabam desistindo da profissão, mudando para o exterior ou tendo que conciliar a vida de atleta com outro trabalho, para obter uma remuneração digna.
Esta situação é lamentável, tendo em vista que nosso futebol feminino tem ninguém menos que a melhor jogadora do mundo, eleita pela FIFA por cinco anos consecutivos, Marta, além de ocupar o 3º lugar no ranking de seleções e ter conquistado resultados expressivos no cenário mundial como duas medalhas de prata nas Olimpíadas de 2004 (Atenas) e 2008 (China), o terceiro lugar na Copa do Mundo de 1999 (EUA) e o vice-campeonato em 2007 (China), sem falar das duas medalhas de ouro nos Jogos Pan-Americanos de 2003 (Santo Domingo, República Dominicana) e 2007 (Rio de Janeiro).
A Band, única emissora de TV aberta a transmitir a Copa do Mundo de Futebol Feminino, teve bons resultados em seu ibope. Segundo sites especializados, a exibição da partida entre Brasil e Estados Unidos, pelas quartas-de-final, rendeu ao canal do Morumbi média de 10 pontos, com pico de 15 e 24% dos televisores ligados. No mesmo horário a Globo ficou na vice-liderança com 9.5, seguida pelo SBT 5.4 e a Record 5.
Indignada com o descaso que nosso futebol feminino sofre, a torcedora Marilena Barboza organizou um abaixo-assinado reivindicando melhorias na organização daquela que deveria ser o exemplo para os demais clubes e agremiações: a seleção brasileira.
A petição pede que sejam realizados amistosos de qualidade, contra adversários que possam exigir um ritmo melhor de jogo, participação em torneios internacionais como o Algarve Cup e Cyprus Cup, uma renovação na comissão técnica, além de uma melhora (ou criação) de uma estratégia de marketing voltada apenas para a seleção brasileira de futebol feminino.
Para os que gostam, admiram ou para aquelas que praticam e apoiam aqui está o link do Abaixo-assinado: http://www.abaixoassinado.org/abaixoassinados/8934.
Por um futebol feminino menos amador e mais presente e melhor cuidado!
Veja a matéria exibida pelo "Esporte Espetacular", no último domingo (17), onde mostra um pouco do que acontece com as jogadoras brasileiras:


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