Por Ricardo Perrone
Membros dos conselhos de Orientação (Cori) e Deliberativo do Corinthians afirmam que Andrés Sanchez desrespeitou as regras do clube ao oferecer cerca de R$ 90 milhões por Carlitos Tevez sem pedir autorização para os dois órgãos. Sustentam que o dirigente precisa de aprovação prévia para fechar qualquer negócio superior a R$ 20 milhões. Porém, há quem entenda que esse teto só vale para pedidos de empréstimos.
“Seguramente, ele deveria ter pedido autorização pelo menos para o Cori. Se for bom para o clube, não seremos contra. Mas ele precisa apresentar a proposta e explicar como vai pagar. De onde vai sair esse dinheiro? Podemos gastar? Não é um investimento de risco? Tudo precisa ser esclarecido”, disse ao blog Carlos João Eduardo Senger, presidente do Conselho Deliberativo e membro do Cori.
O estatuto corintiano diz que uma das atribuições do Conselho de Orientação é autorizar o presidente a firmar contratos para a compra de jogadores.
Conselheiros declaram que o clube tem deixado de pagar impostos. Por isso querem explicações antes de que a diretoria assuma gastos tão altos com um só jogador. Se não der certo com Tevez, Andrés está disposto a fazer um investimento milionário em outro astro. O presidente será questionado formalmente pelos conselheiros e alertado a pedir autorização antes de concluir negócios desse porte.
Telefonei para o assessor de imprensa de Andrés, Olivério Júnior, mas ele não quis ouvir as perguntas. “Você fica chamando o Ministério Público, aqui não tem bandido. Não vai fazer pergunta p… nenhuma”, berrou ele. Em seguida, desligou o telefone.
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