quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Troca de Ricardo Teixeira por Ronaldo na presidência do COL serve para enganar você

Charge de Gustavo Duarte
Por Vitor Birner

A forma como as coisas envolvendo a Copa do Mundo de 2014 aconteceram, minou a imagem de Ricardo Teixeira.

Hoje, por exemplo, Dilma Rousseff se recusa a ficar ao lado do presidente da CBF e do COL.

O povo, do Oiapoque ao Chui, fala mal dele.

Sempre gosto de lembrar que Teixeira mentiu para todo país quando prometeu a realização do evento com dinheiro da iniciativa privada, o que não aconteceu.

A situação dele piorou quando brigou com a imprensa britânica.

Ricardo Teixeira, lobista experiente e competente, tropeçou na própria arrogância ao achar que os jornalistas do Reino Unido teriam a mesma reação passiva de boa parte da imprensa brasileira.

As notícias negativas sobre o proprietário do futebol no Brasil ganharam espaço nos principais jornais da Europa.

A deterioração da imagem dele vinha sendo ruim para a organização do Mundial.

E eis que arrumaram uma solução caseira.

Convidaram Ronaldo para o cargo.

A escolha se explica sem dificuldades.

O ex-centroavante tem excelente imagem. É querido por grande parte do país e do mundo.

A presença dele na presidência do Comitê Organizador Local soluciona o problema de iamgem dos organizadores do mundial.

Deve, por exemplo, aproximar Dilma do COL e limpar a barra do Comitê, queimado por todas as razões citadas nos últimos anos.

Mas, na prática, não muda o que mais interessa.

O COL deveria brigar com a Fifa para ela respeitar as leis e a economia brasileiras.

A principal missão dele é defender os interesses do país, não da entidade que manda no futebol.

Ronaldo não vai fazer isso.

As coisas vão continuar como estão.

Em suma, a presença do Fenômeno na presidência do COL serve para dar credibilidade, melhorar a imagem do Comitê, e não para resolver os problemas da Organização do Mundial.

É o famoso ‘engana trouxa’.

Trio que manda
Ricardo Teixeira, Andrés Sanchez e Ronaldo compõem o trio dominante do futebol brasileiro.

O presidente corintiano foi escolhido, semana passada, como diretor de seleções.

A opção de Ricardo Teixeira pelo parceiro é mais que óbvia.

Não vi nenhum grande problema na escolha.

Há pessoas mais bem preparadas para o cargo, mas quem disse que isso faz a diferença na hora de tomarem decisões sobre nossa maior paixão?

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