segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Público não põe a mão no bolso para ver o Palmeiras

Evelson de Freitas / AE
Por Antero Greco

Lembra do ditado que dizia “Quem nunca comeu melado, quando come se lambuza?” Pois é, lembrei dele ao ver vazia boa parte das arquibancadas do estádio de Catanduva. O time da casa recebeu o Palmeiras, na tarde deste domingo, o que em princípio seria uma atração e tanto, para a cidade e para a região. No entanto, o público pagante não chegou a 6 mil almas, quando a capacidade é para 14 mil.

O que houve? Falta de prestígio de Felipão e sua rapaziada? Não acho. Faltou mesmo dinheiro no bolso dos torcedores. O preço cheio dos ingressos para a partida ficou entre R$ 80 e 150 – cairia pela metade nos casos especiais de estudantes e idosos. Vamos falar sério: é muita grana. Não faz sentido cobrar tão caro. Entendo que os confrontos contra os grandes, em casa, é a chance de faturar mais. Mas não dessa maneira.

Com valores mais em conta, mais realistas e mais justos, a tendência era de lotação, ou bem perto disso. Haveria apoio dos fãs, divulgação do time local e seria demonstração de sensibilidade e tato da diretoria. Que nada. Parece que acharam suficiente que tivesse transmissão pela televisão ­– “Puxa, vai passar na Globo e na Band!” ­– e salgaram os preços. Resultado: aquela coisa feia de lugares à espera de gente.

O jogo também não foi lá grande coisa. Muita luta, alguns bons momentos de ambos os lados, um pênalti sonso de Leandro Amaro, que proporcionou o gol do Catanduvense (Osni cobrou e marcou), e Fernandão reaparecendo para o gol, depois de muito tempo. O Palmeiras demonstrou, mais uma vez, que ainda tem longo caminho a percorrer, se quiser brigar pelo título. Vai ficar entre os oitos, o mínimo que se espera. Mas tem de melhorar.

Faço justiça a Daniel Carvalho. O moço continua volumoso, conforme escrevi em minha crônica de sexta-feira no Estadão, depois de vê-lo em ação no clássico de meio de semana com a Lusa. Mas neste domingo aguentou o tranco por mais de uma hora e deu qualidade ao meio-campo. Além disso, surgiu como alternativa para as cobranças de falta, porque tem pé bem calibrado. Vai dar um descanso para Marcos Assunção.

Um comentário:

  1. A como queria que a torcida do palmeiras vc igual a do boca jnuiors mais isso e sonho!

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