quinta-feira, 9 de maio de 2013

Entrevista com o humorista Diogo Portugal

Diogo Portugal / Divulgação
O blog fez uma entrevista com o humorista Diogo Portugal, famoso por interpretar personagens hilários, como a manicure Marlene Marluce Catarina, o porteiro Ediomar, a ex-prostituta Pamela Conti, o lutador de jiu-jitsu Bomba e o office-boy Elvisley, que foi sucesso no programa ‘Zorra Total’, da Rede Globo.
Durante o bate-papo, Portugal falou sobre o atual cenário do stand-up brasileiro, polêmicas envolvendo famosos e sobre sua participação no programa ‘Luciana By Night’, da RedeTV!. 

Por que você decidiu iniciar uma carreira no Stand-up Comedy? 
Diogo Portugal: Gostava muito de comediantes como Jerry Seinfeld, que se apresentava de cara limpa! 

Ao longo dos anos, o Stand-up Comedy foi ganhando cada vez mais destaque e público. Como você analisa o stand-up brasileiro quando você começou e o atual? A qualidade das apresentações evoluiu? 
DP: Tudo que vira moda corre o risco de dar uma leve banalizada, o stand-up evoluiu e tem revelado grandes novos talentos, mas isso não quer dizer que todos os novos comediantes que tem se arriscado no stand-up são sensacionais. 

Em quais situações você se inspira para criar seus textos e personagens? 
DP: Geralmente em coisa que realmente vivenciei. Não sou um comediante que trabalha com pesquisa ou inventa situações só pra fazer piada. Ma também não desmereço quem faz isto, se funciona ok, só não é meu estilo. 

Pela sua experiência, quais são os temas que mais chamam a atenção da plateia? 
DP: Com certeza, o tema do momento é a piada atual, a plateia se identifica com mais rapidez. O lado ruim é que a piada dura no máximo uma semana, tem prazo de validade. 

O principal alvo dos humoristas são as celebridades/artistas? 
DP: Aí vai de comediante para comediante, ainda acho que o que vale é o assunto do momento, se o assunto for um artista ou celebridade, com certeza não será poupado. 

Existe limite para o humor? 
DP: O limite está dentro de cada pessoa, vai de como cada um recebe uma piada. Uma piada que pode ser ofensiva pra mim pode não ser interpretada deste jeito para você, é uma questão que nunca conseguiremos responder. 

Alguns humoristas tiveram problemas com piadas, algumas até chegaram aos trâmites judiciais. Você vê isso como uma espécie de censura ou realmente houve certo exagero na piada? 
DP: Não vejo como censura porque ninguém está proibido de continuar fazendo. Existe exagero, mas aí voltamos no assunto de como a pessoa recebeu a piada ou o que era apenas uma piada transformou o assunto em uma ofensa pessoal. 

Você já teve algum tipo de problema por causa de alguma piada? 
DP: Não até porque quando tenho uma piada mais pesada eu procuro restringi-la ao meu show e não posta-la em redes sociais. 

Como você avalia sua participação no programa ‘Luciana By Night’? 
DP: Tenho me divertido. Tenho liberdade em brincar com o convidado e ali eu sou eu mesmo, tudo que falo sai na hora sem pré-roteiros. 

Existe alguma restrição para fazer as piadas/comentários? 
DP: Às vezes o convidado pede que não toquemos em determinados assuntos e a gente procura respeitar. 

Quais são seus projetos para 2013? 
DP: Realizo neste mês Risorama 10 anos, uma década de um festival que criei em Curitiba e é um sucesso. Pretendo viajar com minha peça de personagens Portugal é Aqui e lançar meu projeto de musica e humor o Acusticozinho no Risadaria 2013.

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