domingo, 26 de julho de 2015

Descemos do salto e vestimos as chuteiras. Brasil é ouro no futebol feminino do Pan

Bárbara, Fabiana, Érika,  Rafaelle, Thaisa, Tamires, Formiga, Andressa Alves, Poliana, Andressa, Maurine,  Raquel, Gabriella e Cristiane.



Equipe medalha de ouro no futebol feminino dos Jogos Pan-Americanos 2015.

Para lavar a alma após a triste saída da Copa do Mundo, a seleção brasileira de futebol feminino chegou ao lugar mais alto do pódio. Aliás, medalhas em pan-americanos tem sido um hábito para a categoria, que sempre leva uma para casa quando disputa o torneio – três de ouro e uma de prata.

"Essa medalha serve para coroar o trabalho já que saímos do Mundial de um jeito que não queríamos. Nada melhor do que dá a resposta para quem nos criticou. Não sabem a metade do duro que nós demos para estar aqui", disse a capitã Formiga, em entrevista ao UOL Esporte.

Uma lição de garra, determinação e dedicação para marmanjo nenhum botar defeito.

Conquista do ouro

Alguns podem dizer que futebol feminino é mais fácil, que existe mais espaço e que as goleiras nem são tão alta – Sandra Sepulveda, da Colômbia, tem 1,65 m -, mas não esqueçam que é assim do lado de lá, mas é assim do lado de cá também.

A estrutura física, as condições de treinamento – quando há treinamento – o apoio e o preconceito são fatores determinantes para o desenvolvimento das equipes. E isso acontece no masculino também, já que se o garoto sabe fazer um ou dois dribles, não se dedica nos treinos e é vendido para um clube lá fora, ele não lapida todo o seu potencial.

Na fase de grupos, foram 12 gols marcados e, apenas, um sofrido. Vitória, na estreia, sobre a Costa Rica por 3 a 0, goleada digna de Copa do Mundo em cima do Equador, 7 a 1 e outro resultado favorável em cima das anfitriãs: Canadá 0 x 2 Brasil.

As semifinais reservaram um jogo duro: o Brasil enfrentaria as mexicanas.

Em jogos disputado em Hamilton, nada de surpresas, as brasileiras fizeram uma placar de 4 a 2 e iriam disputar a final, pela quarta vez consecutiva.

Diante da Colômbia, que passou pelo Canadá, o Brasil não encontrou dificuldades e fez uma placar elástico: 4 a 0, com direito a gol da polivalente Formiga, golaço-aço-aço olímpico de Maurine, gol coletivo de Andressa Alves e um chutaço indefensável de Fabiana.


Festa do técnico Vadão e de toda a comissão técnica que acreditaram no potencial dessas meninas e, principalmente, no futebol feminino.

Ah, vale destacar que este título foi conquistado sem a presença de Marta. A camisa 10 precisou se reapresentar ao Rosengard (SUE) após a Copa do Mundo feminina e foi substituída por Raquel.


Que este ouro traga mais incentivo da CBF e dos clubes à categoria e que ajude a minar o preconceito que suja e atrapalha o desenvolvimento do futebol feminino no Brasil. E quem sabe, as Olimpíadas do Rio sejam a cereja no bolo que falta para coroar nossas guerreiras.

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