quinta-feira, 11 de agosto de 2016

Comparar Marta e Neymar faz bem às seleçõe

Por Mário Magalhães

Para começo de conversa, nem Marta é melhor que Neymar, nem Neymar é melhor que Marta.
É opinião. Cada um com a sua.
Ambos jogam demais, são sublimes.
Marta, em suas circunstâncias, é maior do que Neymar nas dele.
Foi eleita cinco vezes a número um do planeta.
Neymar, pode apostar, alcançará tal título. Mas ainda não chegou lá.
Ele ganha muito mais do que ela porque o business do futebol masculino movimenta bilhões.
No feminino, os negócios, quando existem, são modestos.
Marta, balzaca, não conquistou competição relevante pela seleção. Por limitações da equipe, e não dela.
O jovem Neymar é um dos principais craques do mundo em momento de seleção 7 a 1. Sofre como Marta já sofreu.
Na Olimpíada, Marta vem se beneficiando de um time organizado, o Carrossel Tropical montado por Vadão.
Neymar, ao contrário, tem sido um dos onze componentes do caos que Rogério Micale por enquanto não logrou transformar em equipe.
Albari Rosa/Gazeta do Povo e Marcelo Camargo/Agência Brasil

Marta é capitã e de fato lidera.
Com a seleção que marcou três gols na China e cinco na Suécia, Marta é aguardada nos estádios que a ovacionam _o 0 a 0 de ontem com a África do Sul não conta, pois a maioria da seleção foi de reservas.
A paciência da torcida com Neymar diminuiu, após duas partidas sem o Brasil marcar.
A expectativa com os dois é imensa.
Marta vem correspondendo a ela.
Neymar, não.
Marta não é problema para a seleção de mulheres.
Neymar, como dito no blog há tempos, também não é problema. É solução e esperança de volta por cima.
A comparação entre Neymar e Marta é mais do que legítima.
É útil. Por mais que irrite um ou outro a depender da abordagem, serve como cobrança. Portanto, estímulo.
É desse estímulo que Neymar necessita.
Para brilhar hoje à noite contra a Dinamarca e conduzir a seleção à vitória que a levaria às quartas-de-final. E à possível arrancada para o ouro.
Soa estranho, mas o masculino talvez tenha mais chances de título do que o feminino.
Eles frustram, mas possuem qualidade técnica muito superior à dos adversários.
Elas encantam, porém devem ter pela frente o poderoso escrete dos Estados Unidos. Na sexta, no primeiro mata-mata, encaram as australianas.
A seleção masculina deveria se inspirar na eficiência e na arte da feminina.
Tomara que Neymar esteja mordido com as comparações com Marta.
E que jogue como ela tem jogado.
Futebol ele tem de sobra.
Marta também.
A comparação entre os craques incentiva as duas seleções.
O sonho de dois ouros no futebol permanece vivo.
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