sábado, 19 de novembro de 2011

Atrito com vice e bagunça tiram Wagner do Palmeiras e empurram jogador para o Flu

Por Ricardo Perrone

A negociação do meia Wagner do Gaziantepspor, da Turquia, com o Palmeiras estava avançada. Mas um atrito entre o estafe que cuida da carreira do jogador e o vice de futebol Roberto Frizzo fez a contratação fracassar.

Agora, Wagner deu sua palavra ao Fluminense. A transferência deve ser concluída até terça-feira.

No início das tratativas, o combinado era que ninguém falaria em público sobre a negociação. A equipe de Wagner se irritou com uma declaração de Frizzo, confirmando a proposta do clube pelo jogador.

A corda estourou de vez por causa de afirmações atribuídas ao vice durante a negociação. “Quem esse jogador pensa que é? Ele não é maior do que o Palmeiras. Onde jogou? Que títulos ganhou?”, disse o dirigente, segundo dois envolvidos no negócio. O cartola nega.

Wagner, então, foi orientado a não ir para o Palestra Itália. Ouviu que enfrentaria olhares atravessados do vice de futebol, além de conviver com um abiente tumultuado.

O atleta soube da vontade de Felipão em tê-lo, mas também teve conhecimento de que a instabilidade política pode fazer o treinador deixar o Palestra em breve. Não seria interessante ficar no clube sem o técnico que o indicou e com um dirigente hostil.

Pesou contra também o suposto interesse de Frizzo em contratar Jadson para a posição. Ao blog, o vice disse que nunca tratou sobre a contratação de Wagner. Questionado sobre Jadson, respondeu: “Não tenho preferência por A ou B. Tratamos tudo coletivamente e internamente. Não vamos falar sobre os jogadores que nos interessam”.

Antes de toda essa encrenca, o negócio esteve ameçado porque a Think Ball apresentou ao Palmeiras uma procuração do clube turco para negociar o jogador, depois de o alviverde já ter iniciado a operação diretamente com o empresário de Wagner. Desafetos de Frizzo afirmam que ele pediu a ajuda da empresa. Cartola e sócios da agência negam. Alegam que foi um pedido do clube turco.

No final da história, o Palmeiras ficou com US$ 2,7 milhões na mão. Essa seria a quantida paga aos turcos. O fracasso deu mais um motivo para Felipão se irritar. Wagner faz parte do cardápio requintado que ele diz ter pedido para a diretoria. É o camarão, e Jadson é considerado o arroz com feijão que o treinador prometeu não aceitar.

Para piorar, os palmeirenses ainda ouviram do estafe de Wagner que é melhor para ele jogar num clube organizado como Fluminense do que encarar a desordem provocada pela política alviverde.

Justamente o Flu, que perdeu Muricy Ramalho por falta de estrutura. E que recentemente tirou Martinuccio praticamente do vestiário palmeirense. Deve ter sido doloroso.

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