segunda-feira, 4 de junho de 2012

A versão de Del Grande sobre sua discussão com Felipão, que abalou o Palmeiras.


Por Roberto Avallone

Consegui localizar e conversar com Seraphim Del Grande, um dos mais respeitáveis conselheiros do Palmeiras sobre a sua discussão com Felipão e a respeito dos comentários que o davam como suspeito de vazar sigilosas informações do clube.

E já conto, logo, logo neste post.

Antes, relato a informação que chegou, via André Tessitore, palestrino da mais pura cepa e sócio do clube, que passara a manhã no Bar do Tênis, no Parque Antártica, onde a repercussão sobre o ocorrido era intensa. Segundo o que se comentava, Felipão teria invadido a sala onde estavam reunidos alguns diretores e, sem rodeios, perguntara, em voz alta:

“Quem é Seraphin Del Grande?”

“Sou eu mesmo”- respondeu Seraphim.

“Pois eu quero lhe dizer que não sou ladrão e nem mentiroso”- disparou Felipão, provavelmente em relação à reportagem publicada também pelo UOL, que revelava estranha ligação entre o Palmeiras e o São Caetano, com idas e vindas de jogadores nem tão qualificados.

Ainda segunda esta versão, Serafhim teria respondido que “o senhor não é ladrão e nem mentiroso, mas é um péssimo técnico e que está fazendo um mau trabalho no Palmeiras”.

E teria, então, se instalado um mal- estar.

E então, telefonei para Seraphim- a quem respeito muito-, caiu na caixa postal, mas ele me retornou, contando sua versão:

“Estávamos reunidos com o Sérgio Orciolo (ex-diretor de marketing), o Edevaldo Frason (vice- presidente do Palmeiras), à espera da Décio Perin(membro do COF- Conselho de Orientação de Fiscalização), provável candidato à presidência do Palmeiras nas eleições de janeiro. Tratávamos de algumas ideias, entre elas a da implantação do modelo de sócio- torcedor, quando, a porta foi aberta pelo Frizzo (Roberto Frizzo, primeiro vice-presidente e que supostamente cuida do futebol do Palmeiras) para a entrada do Felipão”.

“E o Felipão me disse que não era ladrão e nem mentiroso. E que o Galeano também não era ladrão e nem mentiroso. E eu respondi a ele que, realmente não era, assim como Galeano, mas que ele, Scolari. também não era o presidente do Palmeiras para adentrar a sala da presidência, onde estavam reunidos diretores do clube. E que deveria saber que era apenas funcionário do clube”.

Não consigo enxergar mal algum nas palavras de Del Grande. E também duvido, duvido mesmo, pois que com ele converso algumas vezes na semana, que seja o responsável pelo vazamento das tais “sigilosas informações” do clube. Trata-se, apenas, de um conselheiro atuante e como a maioria dos torcedores, decepcionado com o time.

Já Felipão, não está se acostumando a ir a além de suas funções, deixando a hierarquia de lado?

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