A estratégia "tira, põe, deixa ficar" continua a dominar as decisões da cúpula da Rede Record. Mais uma vez, volto a escrever sobre o autêntico desrespeito com o telespectador. A emissora da Barra Funda resolveu jogar, por terra abaixo, a estratégia "caminho a liderança", como já frisei em análises anteriores.
Agora, o canal modificou sua grade de programação, mais uma vez, a partir desta semana. O "Jornal da Record" vai ao ar por volta das 19h30. Já a novela "Rebelde" é exibida às 20h30.
Para quem mora em São Paulo, a faixa das 19 horas enfrentará um verdadeiro "congestionamento" de telejornais. Record: Jornal da Record. Band: Jornal da Band. SBT: SBT Brasil. Gazeta: "Jornal da Gazeta". Quatro emissoras entre sete da TV aberta apostarão em noticiários similares, sem grandes diferenças na linha editorial.
A nova programação da Record lembrará a adotada pelo SBT nos anos 90.
Aqui Agora/Cidade Alerta na faixa das 18 horas. TJ Brasil/Jornal da Record às 19h30. Maria do Bairro/Rebelde, às 20h30. Uma estratégia que visa assegurar a vice-liderança no IBOPE. O canal demonstra que perdeu fôlego ao encarar de frente a Rede Globo no horário nobre. Estagnou.
Outros sinais de desgaste começam a aparecer. Mal estreou "E ai, Doutor?" como grande promessa para as 16 horas, o Dr. Antonio Sproesser foi jogado para as 14h30. Sem explicações para o público.
Datena, contratado como grande promessa, não alcança extraordinários índices no IBOPE. Na realidade, o "Cidade Alerta" não combina com a imagem construída pela Record desde 2004. Por isso mesmo, enfrenta dificuldades até com reprise de novela do SBT.
É uma sucessão de equívocos que caem no colo do telespectador. Até mesmo a assessoria de comunicação da Record, que era muito atuante em 2005, por exemplo, perdeu força para divulgar as atrações, novidades e índices de audiência.
Diante de tal quadro, o SBT, sem as verbas milionárias da concorrente, voltou a ficar na vice-liderança no IBOPE com maior frequência.
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