"É um abandono total do, digamos, 'pai' do futebol nacional que é o Ricardo Teixeira. Numa Escala de zero a 10, o apoio da CBF ao futebol feminino é dois. A instituição deveria se chamar CBFM - Confederação Brasileira de Futebol Masculino" , manda ver a campeã panamericana de 2007.
Daniela defendeu a Seleção Brasileira nas Copas do Mundo de 2003 e 2007, foi campeã do Pan-Americano disputado no Brasil, também em 2007, e partcipou da equipe medalha de prata em duas Olimpíadas: Atenas, em 2004, e pequim, em 2008. A paulistana de 27 anos começou a carreira aos 13 e com 15 anos já atuava na Seleção. Na quinta-feira, a atleta conversou com o Grama durante o programa Esporte @ Globo, da Rádio Globo, no qual somos comentaristas.
Craque reconhecida pelos gols decisivos e passes redondos para a companheira Marta, Daniela fez carreira internacional na Suécia e nos Estados Unidos. Mas a falta de apoio ao futebol feminino no país a desanima ao ponto de desencorajar as meninas que estejam pensando em trilhar o caminho dos gramados.
"Menina que pensa em se profissionalizar no futebol tem que pensar em sair do Brasil. Aqui futebol feminino é esporte amador. Os melhores países para se jogar futebol feminino são Alemanha e Suécia", indica nossa atacente.
Depois de uma lesão no joelho que a afastou dos gramados por um ano, Daniela decidiu parar de jogar e hoje é dona de um açougue na Zona Sul de São Paulo. E afirma não sentir saudades do tempo de jogadora. Ciente da falta de condições profissionais para as meninas que querem seguir carreira com bola, Daniela aconselha:
"Nunca parem de estudar. Se não der certo no futebol, os estudos podem levar a outra carreira"
É uma pena que um país comandado por uma mulher ainda não tenha um plano de transformar o futebol feminino em uma opção profissional real também para as meninas.
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