quarta-feira, 20 de julho de 2011

Jogadora da Seleção Erika cobra mais apoio da CBF


Erika, zagueira da seleção brasileira, participou nesta terça-feira do programa "Primeiro Tempo", do Bandsports. A jogadora de 23 anos comentou sobre a eliminação para os Estados Unidos na Copa do Mundo e acha que falta mais experiência para o futebol feminino nacional. Por isso, cobrou da CBF mais investimento em amistosos no exterior.

"Falta um pouco mais de ajuda da CBF para a gente fazer amistosos lá fora. Porque chega lá e a gente sente a falta disso", opinou. “Conheço todas as jogadoras dos Estados Unidos. E é nítida diferença de força física do nosso país para elas, para a Europa... A brasileira com a bola no pé é muito habilidosa, mas falta essa experiência de conviver mais com isso.”

A brasileira também lamentou a derrota nos pênaltis e saiu em defesa de Daiane, que havia feito um gol contra na partida e desperdiçou uma das cobranças. “As pessoas só lembrar de falar o que ela fez de errado. Mas não dizem que ela salvou um gol em um momento complicado.”

Também eximiu de culpa o técnico Kleiton Lima e afirmou que pediu para não cobrar o pênalti. "Ele perguntou quem estaria em condições de bater o pênalti. Eu disse que não queria, que não aguentava mais. Não conseguia nem mais chutar a bola. Mas a galera estava confiante. Infelizmente não deu. Não sei o que acontece."

Confira outros trechos da entrevista:

Marta dependência

"Falam que a Marta leva a seleção nas costas, mas não é bem assim. A gente sabe o potencial dela, mas tem outras jogadoras importantíssimas. A Rosana abriu o placar. A Cristiane tem muito potencial. A seleção brasileira tem um conjunto muito bom." 

Mudança de comando

"O Kleiton é o melhor técnico do momento. Também está cotado o Jorge (Barcellos) para assumir, que é muito bom. Esteve com a gente nas Olimpíadas. Não pode vir qualquer pessoa. Às vezes indicam um treinador. Mas tem experiência com o futebol feminino? Entende nosso corpo?"

Torcida pelo Japão

"Estava torcendo pro Japão na final com os Estados Unidos. Conhecemos algumas meninas do Japão e elas falam da dificuldade que é. Estão iguais a gente. Vimos a luta delas. Os Estados Unidos não têm essa dificuldade, tem muitos recursos. Vou falar a verdade, não queria ver o jogo após a nossa desclassificação. Aí minha mãe começou a falar o placar e vi no final que as japonesas fizeram por merecer."


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