quinta-feira, 21 de julho de 2011

Saiba onde foi para o dinheiro que sumiu do Palmeiras

Por Blog do Paulinho



No ano de 2010, o então presidente do Palmeiras, Luis Gonzaga Belluzzo, autorizou o advogado de Ribeirão Preto, Jorge Batista Nascimento, a cuidar de uma ação de Recuperação de Tributos, nº 0068389-32.1992.403.61.00 (numeração antiga: 92.0068389-4), da 5ª Vara do Foro Cívil da Justiça Federal.
Em sete de maio do mesmo ano, este advogado foi autorizado pelo Prof. Belluzzo, a levantar 16% do total depositado na ação, R$ 1.403.126,23, a título de honorários advocatícios.

O serviço foi efetuado, conforme as guias relacionadas abaixo, totalizando R$ 224.500,20, correspondentes aos tais 16%:
Guia 442: R$ 201.384,17
Guia 444: R$ 20.925,23
Guia 446: R$ 2.190,50

Ocorre que logo após, o advogado do Palmeiras, Pedro Renzo de Carvalho, sócio de Antonio Corcione, conselheiro do clube, depositou em sua conta pessoal o valor de outro levantamento, comprovado através das guias 441, no valor de R$ 1.057.266,93, guia 443, no valor de R$ 109.858,99 e guia 445, no valor de 11.500,11, perfazendo o total de R$ 1.178.626,03.

Deste valor, apenas R$ 888.104,22 foram transferidos para a conta do Palmeiras, havendo, portanto, apropriação indébita de R$ 290.521,81.
Não existe, na contabilidade do Palmeiras, nenhum comprovante de pagamento, nem os R$ 224.500,20, do primeiro levantamento, muito menos os R$ 290.521,81, que estão na conta do sócio de Corcione..
Um rombo de R$ 515.022,01 que nenhuma das três auditorias contratadas pelo Palmeiras conseguiu perceber.
Corcione alega que parte do dinheiro, cerca de R$ 40 mil, foi utilizado no Fórum, para retirar guias, como “gratificação”, pois havia dificuldades em retirá-las.
Falou ainda que salvou o ex-presidente Della Mônica diversas vezes de ser preso por apropriação indébita.
Em reunião, o advogado sócio de Corcione, como se estivesse num filme da “Cosa Nostra”, avisou os presentes que havia mais de 20 dirigentes e ex-dirigentes envolvidos neste caso, citando os nomes de Mustafá Contursi, Luiz Pagnota, sua esposa Dirce, a irmã de Dirce, Silva Rico, Mario Gianini, Jair Jussio, Della Mônica, etc.
Ameaçou dizendo que se o caso fosse pra frente, o Palmeiras ficaria ingovernável, e seria investigado por Sonegação Fiscal, enriquecimento ilícito, estelionato, desvio de dinheiro, remessa ilegal de divisas, etc.
Nervoso, o vice Mario Gianini chegou até a dar um murro na mesa.
O ex-vice-presidente financeiro da gestão Belluzzo, Francisco Campini Busico, tomou a palavra, dizendo que na gestão do ex-presidente, cansou de colocar dinheiro no clube para depois tirá-lo.
“Aquilo era uma zona”, disse Busico.
Alegou que teria recebido R$ 250 mil, parte dos R$ 290.521,81, para cobrir “furos” de caixa.
“Cansei de dar cheques pré-datados, retirando-os do meio do talão para disfarçar”, teria dito o ex-dirigente.
O fato é que, até o momento, mais de R$ 500 mil reais deixaram de entrar nos caixas palmeirenses, sem que ninguém consiga explicar o motivo adequadamente.
Cabe agora ao Conselho do clube cobrar as devidas explicações.

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