quinta-feira, 7 de junho de 2012

Palmeiras flerta com a Segundona

Foto: Aldo Carneiro/Pernambuco Press
Por Roberto Avallone

Ou o Palmeiras toma sérias providências, sem essa de esperar as semifinais da Copa do Brasil ou coisas parecidas, ou entrará seriamente no rol dos candidatos ao rebaixamento do Campeonato Brasileiro. Aliás, já está na zona da degola. Ah, é muito cedo, são apenas três rodadas, dirão os mais otimistas. Mas começa assim e são fortes os indícios de que, a continuar assim, a situação só tende a piorar.

Peguemos, por exemplo, o jogo desta quarta-feira, no Recife, na derrota para o Sport, por 2 a 1. Derrota imerecida, é verdade, mas repleta de erros táticos e individuais, onde, na verdade, apenas dois jogadores atuaram por eles e pelos outros: Henrique, misto de quarto-zagueiro, volante e até atacante: e Barcos, autor de um golaço- e de outro, anulado, que causou polêmica e discussão (Barcos estava em posição duvidosa, claramente impedido era Henrique, que não participou da jogada)- sem ter um companheiro à altura no ataque.

Outros companheiros foram desastrosos diante de um Sport até fraco para a suas tradições de adversário perigoso quando joga na Ilha do Retiro: péssima a performance do goleiro Bruno, que aceitou uma bola mais do que defensável, chutada de fora da área por Felipe Azevedo, no segundo gol do Sport, depois de Luan, de maneira bisonha, ter perdido a disputa para Tobi; grotesca a furada de Leandro Amaro que redundou no primeiro gol do Sport: lamentável a produção do meio-campo, formado por Márcio Araújo, Marcos Assunção (estará sentindo, de vez, o peso da idade?) e Valdívia (pálida figura do ídolo que já foi); e Luan, que não acerta um drible sequer.

Maikon Leite ainda corre. E Henrique e Barcos, já disse, são os que jogam de verdade.

O que fazer, então? Normalmente, em uma situação como essa, seria substituído o técnico. Seria mais fácil trocar um do que oito ou nove. Como já foi demonstrada falta de coragem de tirar Felipão, restaria a ousadia de contratar cinco ou seis bons jogadores. Mas como para isso não há dinheiro e nem a vontade política de se lançar revelações da base, não vejo solução.

A não ser esperar pelo ano que vem. E desejar, sinceramente, que a Arena Palestra Itália não seja inaugurada com o Palmeiras na Segunda Divisão.

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