Dunga estava certo sobre Neymar e Ganso. Mano também

Por Vitor Birner

Grande parte do país credita a desclassificação brasileira na Copa do Mundo ao fato de Dunga não ter chamado Ganso e Neymar.

Eu defendi bastante o trabalho do ex-técnico da seleção.

A única crítica dura que fiz foi a prisão dos atletas na concentração ao longo do torneio, pois temia que o excesso de tensão acabasse refletindo em tensão exagerada dentro de campo.

O jogo contra a Holanda mostrou o equívoco do comandante.

Também não aprovei a convocação de Júlio Batista.

Eu levaria o meia santista, mas isso não muda o fato de Dunga ter feito trabalho muito bom.

Vale lembrar que herdou uma seleção descompromissada, de comportamento vergonhoso no mundial de 2006.

A fraca participação dos craques santistas na Copa América mostrou o acerto de Dunga.

Falta rodagem para eles conseguirem repetir com a camisa verde e amarela o futebol que mostram no atual campeão da Libertadores.

Mano, sem responsabilidade nenhuma na desclassificação brasileira na Copa América, fez bem ao insistir com os dois.

A possibilidade do Brasil montar um grande time para o Mundial do Ricardo Teixeira passa diretamente pelo desempenho deles.

E só atuando vão se adaptar. Potencial eles têm.

Os analistas de resultados e títulos hoje caem de pau em cima de Mano Menezes.

Aumentar o coro seria conveniente para mim, pois nessa hora falar aquilo que satistaz os indignados (são apaixonados pela seleção, estão inconformados, não os critico) e com a eliminação dá ibope.

Nunca fiz isso.

Quem gosta também de futebol, do jogo em si, além de conquistas e vitórias (é fundamental ressaltar que futebol bem jogado acaba gerando vitórias), entende o momento da seleção e as razões do fiasco.