Luan |
Antes do jogo contra o Coritiba, desta última quarta-feira (03), a delegação embarcou para o Paraná com um problema a menos na bagagem: a saída de Luan. O episódio se arrastou até o último dia de seu contrato, até o Palmeiras negociar a compra do atacante com o Toulouse, da França, por R$ 6,7 milhões. Luan assinou contrato até 2016. A torcida festejou. O elencou vibrou. Felipão deu graças a deus. Eu resolvi fazer a coluna disposto a lembrar de algumas outras contratações que o Palmeiras já fez em épocas não tão distantes.
No tempo da Parmalat, chegava craques aos montes. Outra época aquela. Numa sexta-feira, a diretoria apresentou Edílson Capetinha. No dia seguinte, Edmundo vestiu a camisa. Era um atrás do outro, e todos de qualidade invejável. A concorrência morria de ódio.
Mais recentemente a festa foi para Keirrison, um atacante que tinha faro de gol no mesmo Coritiba com quem o Palmeiras joga hoje. Teve a chegada depois de Valdivia, que trouxe com ele do Chile o apelido de Mago – e logo o torcedor descobriria por que o chamavam assim. Quando Kleber assinou contrato, dava para ouvir os rojões de longe. Outros tempos.
O torcedor era muito mais refinado em suas predileções. Hoje o palmeirense festeja a contratação de Luan como se um novo César Maluco ou Evair estivesse se apresentando. Felipão agradeceu de joelhos os esforços da diretoria por ter arrumado dinheiro que não tinha.
Felipão gosta de Luan porque ele faz exatamente o que o treinador pede. É um trabalhador no futebol, coisa rara nessa meninada que vem chegando cheia de marra e já com o passaporte na mão disposta a pegar o primeiro avião para a Europa. Vez ou outra Luan acerta o gol e ganha créditos com a torcida, que também vão sendo torrados com o tanto de jogadas erradas que faz. Por isso o atacante sempre entra zerado.
Mas como o torcedor confia em Felipão e ele queria a permanência de Luan, a conclusão que se tem é que o Palmeiras ficaria mais fraco se o atacante fosse embora. Ruim com ele, pior sem.
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