segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

A dura missão de Gilson Kleina: como fazer um Palmeiras forte?

Por Roberto Avallone 


O Palmeiras até que venceu o seu primeiro jogo-treino da temporada, 2 a 1 sobre o São Caetano, em atividade secreta, sem acesso para a imprensa. Sei que foram dois gols de pênalti- um de Barcos, outro deMaikon Leite- não tendo como dizer se o time jogou bem ou mal.

O que me impressionou mais foi a entrevista concedida pelo técnico Gilson Kleina, um dia antes, que já revelou toda a sua preocupação e a ansiedade para que o Palmeiras monte-e logo-um elenco mais completo e um time mais competitivo: “Se o Henrique não puder jogar, quem joga no lugar dele? E se o Juninho não puder entrar, quem entra?”- estas foram apenas algumas de suas frases- além de pregar a disciplina para todos- e de lamentar a ida de Assunção para oSantos- “Teve o mês de dezembro para negociar”.

Kleina, comedido, não atacou pessoalmente a ninguém. Mas ficou claro em sua entrevista, por algumas frases e nas entrelinhas,que sabe ser dura a sua missão. E ele tem toda a razão. Enquanto todos os rivais estão contratando- e bem-, o Palmeiras fica nesse bla-bla-bla, de muita especulação e nenhuma grande novidade.

Enfim, Kleina clamou por reforços e por condições melhores. Na verdade, de todos os clubes brasileiros que irão disputar a Libertadores, quem está correndo por fora(como disse o gerente de futebol, César Sampaio), é o Palmeiras. Vou mais além: além de correr por fora, maneira educada e amena de falar, o Palmeiras é uma verdadeira zebra na competição; entrará em uma grande aventura de final desconhecido.

Sei, também, que a queda para a Série B atrapalha muito. Vários jogadores, consultados, prefiriram jogar em outros clubes do que encarar a Segundona. E neste domingo.alguns sites argentinos, publicaram que pessoas próximas a Riquelme disseram que o jogador, em igualdade de condições financeiras, escolheria o Atlético Mineiro e não o Palmeiras. É bem possível, embora não tenha sido declaração do jogador.

O Palmeiras, além da alardeada dificuldade financeira, paga o preço da degola.

E por esse motivo, considero dramática a situação do ponderado Gilson Kleina. Ele que se vire com o que tem? Não é bem assim: com o atual elenco nem mesmo estaria garantida a volta à Série A.

E aí , sim, seria trágico: no fim do ano, deve estar pronta a Arena; no ano que vem, o Palmeiras planeja festejar o seu centenário na elite do futebol.

Que o novo presidente, a ser eleito no próximo dia 21, tenha sabedoria e ousadia para recolocar o Palmeiras no lugar em que já esteve por tantas décadas.

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